Guimaraes Rosa a Menina de La
Conto: Noite de Inverno
Era uma noite de inverno, o vento gelado soprava lá fora, fazendo com que as chamas da lareira dançassem alegremente. Dentro daquela casa antiga e acolhedora, as almas iluminadas se reuniam em torno do fogo, compartilhando histórias e boas energias.
A anciã da casa, com seus cabelos prateados e olhos sábios, olhou para seus convidados e sorriu. "Boa Noite almas iluminadas", ela começou, sua voz suave enviando ondas de serenidade pelo salão. "Venho aqui lhes desejar uma doce, encantada, tranquila e aprazível noite."
Os presentes sorriam, sentindo o calor do amor e da amizade que os envolvia naquela noite especial. As velas espalhadas pela sala lançavam uma luz suave e mágica, iluminando os rostos sorridentes e os corações cheios de gratidão.
Enquanto o tempo passava, as histórias se desenrolavam, algumas reais e outras imaginárias, todas tocando os corações de quem as ouvia. As emoções fluíam livremente, trazendo risos, lágrimas e suspiros de admiração.
E então, como se por encanto, a velha anciã começou a cantar uma antiga canção de ninar, cuja melodia envolvente acalmou as mentes agitadas e trouxe paz aos corações cansados. Os presentes fecharam os olhos e se deixaram levar pela magia do momento, sentindo-se transportados para um mundo de sonhos e fantasia.
E assim, naquela noite de inverno, as almas iluminadas foram abraçadas pela magia do amor e da amizade, encontrando conforto e alegria na companhia uns dos outros. Que neste inverno eles estivessem docemente aquecidos, não apenas pelo fogo da lareira, mas também pela chama da amizade que ardia em seus corações para sempre.
A NUVEM DO MEDO
Haverá em breve lá fora, uma nuvem reincidente.
Querendo pôr no abrigo trancados, não deixando sair.
Dizendo que a nuvem pode matar toda a gente.
Fomentando sentimento de impotência, fazendo muitos desistir.
Alguns que falavam, já não discordam mais.
Agora brigam dentro de casa, todos na mesma mesa.
Parece ter acabado o tempo de sabedoria, de luz e de paz.
Alimentam-se de notícias de morte, de dor e de tristeza.
Se irritam facilmente com quem ousa discordar e sair sem "guarda-chuva."
Quem ignora o pavor imposto e a cínica exaltação dos malfeitores.
Gente que come queijo, toma vinho e planta uva.
Que não cede ao pânico, nem às notícias, nem aos temores.
Não vai chover, e mesmo que chova, é chuva passageira, é um teste.
É um experimento, para observar sua reação, uma nova onda, nova peste.
Doenças fabricadas, vírus fabricados e que precisam ser testados, coisas indizíveis.
Armas de guerra, sim, a crueldade não quer o estrago de mísseis.
A nuvem que quer voltar, já se forma no obscuro, no escondido, lá no fundo.
Almeja o momento em que consiga controlar o mundo, em milésimos de segundo:
Querem levantar o "vento" adequado, para soprar forte, trancar portas de mercados.
Precisando fazer todos ficarem em casa aterrorizados, assim o vento arranca o telhado.
Logo que o vento invade por cima e controla a mente, limita-se a sagacidade.
Ao ponto em que se acredita em tudo que se ouve e se lê, saiu na TV então é verdade.
Ninguém questiona nada, afinal, quem inquiriu, sentiu o peso do vento e a ameaça da nuvem.
Resta ainda a inteligência do respirar e esperar, a paciência de explorar o hiato.
De não se isolar como ilha, de se orientar em família, de brincar com o cão, beijar o filho e abraçar a filha.
Saber que a nuvem do medo esconde um segredo: que o queijo é a ruína do rato e a armadilha é o boato.
Que no fim, a nuvem invisível, acostumada a fazer muro no escuro, vai embora, pois o nascer do sol da verdade a humilha;
Pois a apreensão não faz a estação e, nuvem nunca brilha.
Sergio Junior
UM IRMÃO- UM AMIGO- UM PASTOR
... E lá se vão os dias.
Alguns causticantes, tristezas e agonias.
Outros cheios de sabores, com dores e alegrias.
Todos findam com uma noite, escura, ou até com a lua, mas é sempre fria.
E o fato de estar vivo, já se é lucro.
Ainda que em algum lugar, caia-se o projeto, mude-se o fulcro.
O que importa é o renascer, não sucumbir ao sepulcro.
Não, não agora.
Não é hora.
Nem de ir nem de ficar.
É de viver, acertar e errar.
Avançar e perdoar.
E vós, que não deixastes de ser uma referência.
Encarem o caminho novo, erguem a cabeça, encarem com paciência.
Quem se rir, meneia a cabeça e critica sem ciência.
É, eu já passei por esta enorme rua.
Não é fácil, alcançar de novo, alma violentada, exposta, nua.
Porém, o novo horizonte,
pouco a pouco fica aparente.
A gente vai se escorando na parede, se erguendo novamente.
Porque quem nos criou sabe de tudo, nunca abandona a gente.
Um irmão, um amigo, um pastor. É o que sou.
Nós versos desta poesia, transmito um apoio que nunca mudou.
Não, eu não.
Eu vim de lá e conheço muito bem.
Eu estou aqui é como suporte.
Para você, paz e Bem.
Sérgio Júnior
FOI LÁ
Foi uma viagem muito complicada.
Edifício alto, elevador quebrado, foi pela escada.
Ofegante, lágrimas no rosto, desilusão, desgosto.
Sem perspectiva, sem combustível, parado no posto.
Mar bravio, calos nas mãos,
Pais presentes, barco cheio de irmãos
A força, a garra, o desejo, a vontade.
Sair do bairro, da rua, da cidade.
Na viagem mais difícil da vida, tentando encontrar uma identidade.
Sem malas, sem certezas, sem experiência, só a espiritualidade.
E no meio dos desencantos e do coração quebrado.
O degrau que nunca havia conhecido, nunca havia pisado.
O local mais assustador e mais escuro, mas também reconfortante e iluminado.
Era um convite de dentro, para eu entrar, era em mim mesmo, poço entulhado.
Eu cheguei lá e fui muito sofrido.
Precisei fechar a boca, respirar, abrir os ouvidos.
Na verdade, eu mesmo nunca cheguei,
tenho plena certeza que fui sempre conduzido.
Lá, uma compreensão mais ampla e mais rica me preencheu.
Havia ferida e havia cura, havia o mundo e havia eu.
Havia uma criança suja e empoeirada, com aparência de quem se perdeu.
Havia luta, mas lá havia muita força, a maior de todas era Deus.
Se as riquezas lá de fora, não forem suficientes para transformar a pobreza aí dentro, é que tu apenas respiras.
Sergio Junior
PAIS DE IMIGRANTES
Lá vem de novo esta mão, esta tinta e esta pena.
Me fazendo escrever poema, que ora anima ora a mim mesmo condena.
Pois as letras que aqui escrevo, são oriundas de dores reais.
O assunto que aqui incejo, conseguiu me tirar a paz.
Pessoas reais são mesmo assim, ora racionais ora emocionais.
São sempre revestido de dons especiais, mas sempre voltados aos pais.
Eles que deram a força e seguravam firme a nossa mão.
E depois que nós crescemos e pegamos o avião.
Descobrimos outro povo, outra cultura, outra nação.
E os mesmos que um dia disseram: não tenha medo do trovão.
Tem medo de vir aqui, na casa do filho que foi campeão.
Com a desculpa de dizer, que já é velho, é um ancião.
A pergunta que se faz, quando se está em terra estranha.
Vale a pena deixar tudo e viver essa façanha ?
Fui a caça, conquistei, estruturei e fiz estudos.
Mas o convite que enviei, foi ignorado e ficou mudo.
Minha intenção era mostrar a minha casa e a vossa netinha.
Dizer que embora eu tenha vencido, essa honra não é só minha.
Continuo aqui no labor e minha memória de elefante.
Não encontro outra referência, não que eu seja ignorante.
Eles sempre serão meu porto seguro, ainda que estejam distantes.
Preciso aprender a curar a saudade, pois sou um filho imigrante.
A NUVEM LÁ FORA
Lá fora tem uma nuvem insistente.
Todos que no abrigo estão, não desejam sair.
Dizendo que a nuvem pode matar toda gente.
Se sentindo impotente, muitos estão a desistir.
Alguns que saíram não voltaram mais.
Outros brigam dentro de casa e todos têm uma certeza.
Findou se o tempo de sabedoria, de luz e de paz.
A notícia é de morte, de dor e de tristeza.
Se irritam facilmente com quem sai sem guarda-chuva.
Quem ignora o pavor imposto e até a exposição dos cadáveres.
Gente que come queijo, toma vinho e planta uva.
Que não cede ao pânico, nem das notícias nem do
revólver.
Resta ainda a inteligência do respirar e esperar, a paciência de explorar o hiato.
De não se isolar como ilha, de se orientar em família, de brincar com o cão, beijar o filho e abraçar a filha.
Saber que a nuvem de medo esconde um segredo: que o queijo é a ruína do rato e a armadilha é o boato.
Que no fim, a nuvem invisível, acostumada a fazer muro no escuro, vai embora pois o nascer do sol da verdade a humilha; pois a apreensão não faz a estação e, nuvem nunca brilha.
Sergio Junior
"Um dia, toda onda lá do meio que pensa não ser feio, quebrar o barco alheio.
Será esvaziada e morta no muro de pedra, onde todas ondas tem seus freios"
Sergio Junior
Às vezes é preciso apenas uma paradinha básica, para resgatar o que ficou lá trás esquecido e que precisa vir a tona.
Cuidar de uma cidade é preservá-la e amá-la. Destruí-la é não estar em consonância com as Leis do Universo.
Quando a saudade bater na porta, deixá-la-ei entrar e terei a plena certeza de que o momento será inesquecível.
A simplicidade da vida se dá pela nossa capacidade de acolhê-la, desfrutá-la e entendê-la da forma ao qual ela está inserida.
La follia del vento
Una volta chiesi al vento:
- Perche soffi così forte? Sembra che vuoi devastare il mondo. Ci sono i giorni nei quali la tua brezza è così leggera che sembri scoraggiato.
E il vento rispose:
-Così come nella tua vita, anch'io ho i miei giorni di insensatezza e follia.
La poesia è mezzo più sicuro di nascondere al mondo tutti i segreti e tutte le volontà; è anche una forma di arrivare più vicini a questo mondo.
Enquanto o homem não se der conta de que sua missão para com a natureza é de cuidá-la e preservá-la; ficará a mercê de sua vingança.
Il silenzio è la maggio prova di saggezza. Chi non capisce l'intensità della quiete non potrà mai capire la voce del silenzio.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp