Guimaraes Rosa a Menina de La

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Os homens geralmente preferem ser enganados com prazer a ser desenganados com dor e desgosto.

A imperfeição é a causa necessária da variedade nos indivíduos da mesma espécie. O perfeito é sempre idêntico e não admite diferenças por excesso ou por defeito.

Asa quebrada
da triste gaivota
sonho de voar!

Os conselhos dos moços derivam das suas ilusões, os dos velhos, dos seus desenganos.

As pessoas importantes fazem sempre mal em se divertir à custa dos inferiores. A troça é um jogo, e o jogo pressupõe a igualdade.

Quando se corre atrás do espírito, apanha-se a tolice.

A sabedoria é geralmente reputada como pobre, porque não se podem ver os seus tesouros.

Torna-se indispensável manter o vigor do corpo, para conservar o do espírito.

Os homens são sempre mais verbosos e fecundos em queixar-se das injúrias do que em agradecer os benefícios.

O homem que despreza a opinião pública é muito tolo ou muito sábio.

O segredo da ordem social reside na paciência dos outros.

Quando a consciência nos acusa, o interesse ordinariamente nos defende.

A força dos governos é inversamente proporcional ao peso dos impostos.

O gosto de contentar um amigo é um demónio tentador.

A estirpe herda-se e a virtude conquista-se; e a virtude vale por si só o que a estirpe não vale.

Contemplação

Sonho de olhos abertos, caminhando
Não entre as formas já e as aparências,
Mas vendo a face imóvel das essências,
Entre ideias e espíritos pairando...

Que é o Mundo ante mim? fumo ondeando,
Visões sem ser, fragmentos de existências...
Uma névoa de enganos e impotências
Sobre vácuo insondável rastejando...

E dentre a névoa e a sombra universais
Só me chega um murmúrio, feito de ais...
É a queixa, o profundíssimo gemido

Das coisas, que procuram cegamente
Na sua noite e dolorosamente
Outra luz, outro fim só pressentindo...

Mors Amor

Esse negro corcel, cujas passadas
Escuto em sonhos, quando a sombra desce,
E, passando a galope, me aparece
Da noite nas fantásticas estradas,

Donde vem ele? Que regiões sagradas
E terríveis cruzou, que assim parece
Tenebroso e sublime, e lhe estremece
Não sei que horror nas crinas agitadas?

Um cavaleiro de expressão potente,
Formidável, mas plácido, no porte,
Vestido de armadura reluzente,

Cavalga a fera estranha sem temor:
E o corcel negro diz: "Eu sou a morte!"
Responde o cavaleiro: "Eu sou o Amor!"

Uma boa recordação talvez seja cá na Terra mais autêntica do que a felicidade.

A verdade é tão simples que não deleita: são os erros e ficções que pela sua variedade nos encantam.

Ao bater com a cabeça contra as paredes, apenas conseguiu «galos».

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