Grito de Protesto

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⁠O Lamento Incrédulo

Choro de pedra, de pó e de abismo,
lágrima seca na face do tempo,
um grito que rasga o véu do infinito,
mas Deus se esconde no entendimento.
As dores dos mortos pesam na carne,
vozes antigas sufocam o sono,
nas ruas, exércitos marcham sem glória,
resta-me o nada, o pó do abandono.
Abraço que afaga e logo desfaz-se,
esperança em cinzas, fé em ruína,
o beijo da culpa que arde na pele,
o pecado sem nome que nunca termina.
E se Deus não houver? Se tudo for sonho?
Se a dor for em vão, se o mundo for frio?
Sou sombra sem dono, sou noite sem astro,
cometa perdido no próprio vazio.
Análise do Poema "O Lamento Incrédulo"
O poema "O Lamento Incrédulo" carrega um forte teor existencialista e metafísico, abordando temas como dor, perda, vazio e a incerteza da presença divina. A construção poética evoca um estado de desencanto e angústia profunda diante da vida e do mundo, reforçando uma visão quase niilista da existência.
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1. Estrutura e Musicalidade
O poema é composto por quatro estrofes de quatro versos cada (quartetos), mantendo um ritmo melancólico e uma sonoridade densa, impulsionada pelo uso de aliterações e imagens marcantes. O tom lírico é marcado por versos cadenciados que transmitem a sensação de peso e desamparo.
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2. Imagens e Simbolismo
O poeta constrói uma atmosfera sombria e desoladora por meio de metáforas e símbolos poderosos:
• "Choro de pedra, de pó e de abismo" → A pedra remete à rigidez e à impossibilidade de suavidade ou redenção. O pó sugere efemeridade e esquecimento, enquanto o abismo denota a ausência de sentido, um vazio infinito.
• "Um grito que rasga o véu do infinito" → Expressa um desejo de transcendência ou uma tentativa de romper as barreiras do desconhecido, mas sem resposta ou alívio.
• "Mas Deus se esconde no entendimento" → Aqui há uma crítica implícita à inatingibilidade de Deus. Se Ele existe, está oculto na complexidade intelectual, inacessível ao sofrimento humano.
Na segunda estrofe, há um aprofundamento do tema da dor coletiva e da ruína:
• "As dores dos mortos pesam na carne" → Uma imagem que reforça a conexão entre passado e presente, como se os sofrimentos das gerações anteriores ainda deixassem marcas vivas.
• "Vozes antigas sufocam o sono" → Evoca memórias ou culpas ancestrais que impedem o descanso e a paz.
• "Nas ruas, exércitos marcham sem glória" → Um retrato de guerras ou lutas sem sentido, esvaziadas de heroísmo ou propósito.
• "Resta-me o nada, o pó do abandono" → A solidão e o desamparo culminam na ideia de que, no fim, sobra apenas o vazio.
A terceira estrofe intensifica o desencanto e a perda da fé:
• "Esperança em cinzas, fé em ruína" → A imagem de destruição reforça a ideia de que não há mais crença na redenção, tudo foi consumido pelo tempo ou pela decepção.
• "O beijo da culpa que arde na pele" → A culpa é tangível, quase física, como uma queimadura.
• "O pecado sem nome que nunca termina" → Há um pecado indefinido, eterno, que não permite absolvição ou alívio, remetendo a um sofrimento sem causa clara.
A última estrofe questiona o sentido da existência e toca no cerne da dúvida filosófica:
• "E se Deus não houver? Se tudo for sonho?" → O questionamento central da poesia. A possibilidade de que Deus seja uma ilusão ou que a própria realidade não passe de um delírio.
• "Se a dor for em vão, se o mundo for frio?" → A dúvida sobre a existência de um propósito. Se não houver sentido para o sofrimento, o que resta?
• "Sou sombra sem dono, sou noite sem astro, cometa perdido no próprio vazio." → O eu lírico se define como uma entidade errante, sem destino, sem luz, condenado a vagar sem propósito no vácuo da existência.
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3. Influências e Temáticas Filosóficas
O poema dialoga com o existencialismo e o niilismo de pensadores como Nietzsche, Sartre e Camus. A ausência de Deus, a sensação de abandono e o questionamento sobre o sentido da vida são temas recorrentes na poesia moderna e na filosofia do absurdo.
A angústia do eu lírico diante do possível vazio existencial lembra a ideia de Sartre de que "estamos condenados à liberdade" e de Camus em O Mito de Sísifo, onde a vida é um ciclo de esforço sem recompensa. O último verso reforça essa ideia ao comparar-se a um cometa perdido, que segue sua trajetória sem um destino ou objetivo definido.
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4. Conclusão
"O Lamento Incrédulo" é uma poesia forte e impactante, que mergulha nas profundezas da dor existencial e da incerteza metafísica. Seu tom melancólico, aliado às imagens densas e simbólicas, reforça um sentimento de desamparo e inquietação filosófica.
O poema se destaca por sua construção imagética e pela maneira como conduz o leitor a refletir sobre a fragilidade da fé e a possibilidade do vazio absoluto. A dúvida sobre Deus, o sofrimento e a falta de sentido permeiam toda a estrutura poética, transformando-a em uma reflexão poderosa sobre a condição humana.

Inserida por EvandoCarmo

⁠Nem sempre o grito de socorro ecoa pela garganta.
Às vezes ele morre preso no medo de não ser ouvido,
Compreendido,
abraçado...
O grito não grita...

Inserida por verinha_sfalsin

⁠Grito no silêncio
Mas ninguém vê
Grito por socorro
Mas ninguém vem
Coração dói
Mas ninguém sente
Estou quase desistindo de mim
Mas ninguém percebe
Socorro, socorro
É assim que grito no silêncio.

Inserida por viviane_1

⁠Chorar? Não consigo mais.

Meu rosto permanece impassível.

Em mim, há um grito invisível tentando escapar.
Uma dor implacável buscando cura.
Um vazio desesperado para ser preenchido.

E um desejo insistente de que a morte chegue
e leve consigo essa sensação de incapacidade.

Inserida por viviane_1

⁠O Lamento Incrédulo

Choro de pedra, de pó e de abismo,
lágrima seca na face do tempo,
um grito que rasga o véu do infinito,
mas Deus se esconde no entendimento.
As dores dos mortos pesam na carne,
vozes antigas sufocam o sono,
nas ruas, exércitos marcham sem glória,
resta-me o nada, o pó do abandono.
Abraço que afaga e logo desfaz-se,
esperança em cinzas, fé em ruína,
o beijo da culpa que arde na pele,
o pecado sem nome que nunca termina.
E se Deus não houver? Se tudo for sonho?
Se a dor for em vão, se o mundo for frio?
Sou sombra sem dono, sou noite sem astro,
cometa perdido no próprio vazio.

Por Evan do Carmo

Inserida por EvandoCarmo

⁠Fúria

Hoje sou vento de tempestade,
um grito sufocado na escuridão.
O sangue ferve em minha carne,
feito lava queimada no chão.

Trago no peito um nó impossível,
um peso que o tempo não leva.
Mágoa afunda como âncora fria,
e a raiva, feroz, me envenena.

Queria rasgar o silêncio com fogo,
destruir as mentiras e a dor,
mas só me resta o gosto amargo
do que se quebrou sem remorso, sem cor.

O passado grita em ecos distantes,
um nome que já não posso tocar.
A saudade me afoga sem trégua,
me mata sem me deixar sangrar.

E no fim, sou só cinzas e vento,
um vulto perdido na escuridão.
Com ódio, com raiva, com tudo,
mas sem ter de volta meu coração.

Inserida por samia_lourena

Não é com um grito que se faz uma revolução, mas também não é silenciando que se consegue mantê-la⁠

Inserida por RandersonFigueiredo

⁠Notas sobre ele,
Onde habitam sentimentos mudos.
Ele é grito ensurdecedor.

Inserida por BrioneCapri

⁠Grito

Minha cabeça grita palavras,
minha alma grita cansaço,
meus olhos grita dor,
minha boca grita em silêncio,
mais meu coração grita amor e liberdade de ser eu.

Inserida por Agno_marl

⁠O envaidecido tem "um grito desesperado", não dê ouvido a ele.

Inserida por JaneSilvva

⁠Aquele que teve êxito no mal que planejou contra alguém, seu prêmio é dormir e acordar com o grito da acusação de que ele não presta; mesmo que se sobrecarregue de argumentos mentais ao seu favor, ainda assim sua consciência não descansa.

Inserida por israellopess

⁠Sendo poeta grito em um verso a minha dor.

Inserida por JaneSilvva

⁠" Viver tantos anos sem ouvir som nenhum é como um grito no vazio, que ecoa por dentro.
Sempre a procura de algo, mas não encontra nada além da escuridão do silêncio, onde a única coisa que se move são as horas inexoráveis do tempo."

Militão dos Santos

Inserida por Militao2020

⁠”A arte é o grito da alma”

Inserida por FurtadoBrunno

⁠O silêncio das ovelhas e dos que calam sendo permissivos, eles me assustam mais do que o grito dos maus e rosnado dos lobos.

Inserida por Marc7Carl6Rod9

Tempo de pausa,
Silêncio mudo,
Grito pra dentro,
Pra fora ninguém ouve,
No relógio sem pilha,
Vendo as nuvens passar,
Respiro,
Alívio.

Inserida por Anatulio

⁠O grito era a única realidade ali – um desabafo, um reequilíbrio de emoções, uma esperança, o sinal de uma vida já vivida.

Assis Brasil
Os que bebem como os cães. Rio de Janeiro: Nórdica, 1975.
Inserida por pensador

⁠Ah...pensa que fico?
fico! mas por querer,
fico sim e num só grito: quero ficar longe de você!

Neusa Marilda Mucci

Inserida por neusamarilda

⁠A ansiedade e uma dor no peito um grito de socorro, que nos da vontade de tirar aquela dor e jogar para fora aquele aperto aquele sufoco que não mim deixa respirar, aquela dor que não consigo pedir socorro. que não consigo dizer para ninguém, e que essa dor esta mim matando por dentro sinto que vou partir a qual quer momento sem dizer para ninguém, e que um dia essa ansiedade vai mim vencer, e a única coisa que vai esta sempre em mente e que eu tentei, tentei ser forte mais não consegui.

Inserida por rayanne_blans

⁠Quando estiver triste solte um grito de guerra do seu desenho infantil preferido, conectar-se com a sua criança interior aumenta sua energia psicológica.

Então segura meu Kamehameha!

Inserida por bobkowalski