Grito
Minha terapia comportamental: pego meu carro, saio na rodovia, abaixo os vidros e grito bem alto o que está me incomodando. Em seguida berro LIBERDADE. Ergo os vidros, ligo o som e volto para casa. Faz um bem danado.
A dor de estar morrendo por dentro
Por fora, um sorriso disfarçado,
Por dentro, um grito abafado,
A alma em pedaços, sem chão,
Ninguém ouve o eco da escuridão.
Caminha sozinho, sem direção,
Nas sombras, se perde a razão,
O peito, uma tempestade sem fim,
O peso da vida, um fardo ruim.
Olhares que não veem a dor,
Palavras que não tocam o amor,
O silêncio, um abrigo fatal,
A dor de estar morrendo, é surreal.
Se ao menos uma mão se estendesse,
Se ao menos alguém percebesse,
Que viver é um ato de fé,
E que o amor pode ser a única saída de pé.
Mas a dor de estar morrendo por dentro,
É um abismo profundo, um tormento,
Que se esconde atrás de olhos cansados,
E deixa corações quebrados.
Que nunca falte empatia e cuidado,
Para quem está perdido e calado,
Pois às vezes, o maior grito é o silêncio,
E o socorro vem do amor intenso.
A cada 7 de setembro, o grito de liberdade ecoa, inspirando-nos a construir um Brasil mais justo e igualitário para todos.
A ti, todas as fotos, eu grito ódio contra sua incompetência.
Pois os momentos que mudaram minha vida
parecem banais em suas telas frias.
Surdas, mudas, cegas e alheias ao que realmente importa,
incapazes de guardar o amor que tenho,
indiferentes ao meu medo e minhas angústias.
E, mesmo assim, vocês se encontram soberbas, emolduradas nas paredes,
enquanto nós nos enganamos sobre suas capacidades de realmente guardarem algo.
Além de uma imagem estática, fria e vazia,
sem significado algum, exceto
o de ancorar nossas ilusões.
Quando você tem sabedoria para debater com alguém e a pessoa não tem mais conteúdo, o grito interno dela se torna a agressividade e o vitimismo. Essa é a divisa entre intelectual e ignorância.
Não podemos nos deixar intimidar por aqueles que tentam, no grito ou na violência, silenciar pessoas ou bloquear a luta social. Nós vamos seguir lutando.
Vozes da Periferia: Um Grito por Igualdade e Oportunidades
No camburão, o jovem negro foi levado,
E o repórter, com intenção cruel e desvairada,
Buscava audiência em humilhar o "Criminoso",
Mas foi a resposta do jovem que ecoou de modo grandioso.
"Já não sou nada mesmo", disse ele com pesar,
"Quem quer comer vale", suas palavras a ecoar,
"Aceito qualquer salário", um grito de desigualdade,
A juventude negra, periferia em dificuldade.
Oportunidades escassas, sonhos postos à prova,
A luta pela sobrevivência, árdua e renhida trova,
Sem carteira fichada, sem seguro de vida ou amparo,
A juventude negra enfrenta um caminho tão amargo.
Que ás periferia seja um eco, uma voz a clamar,
Por justiça, igualdade e oportunidades a brilhar,
Que todos tenham chances, que todos possam alçar voo,
E que a juventude negra encontre um futuro.
Caramba! Como eu achava que com o grito poderíamos mudar o mundo. Até faz uma pequena, mas superficial diferença, mas em suma, temporária.
Um Bom dia que ressoa, como um clarim viril,
Memória viva do grito de Abril.
Para que a liberdade seja eterna e presente,
Exercido o dever e o direito, cívicamente.
Eu sinto
Estou perdida, estou em um mundo que grito, berro e choro,
onde não posso correr, onde no mundo o amor não importa, onde as lágrimas fazem festa sobre meu rosto, onde a escuridão do meu ser se vangloria.
Hoje acordei em baixo de uma nuvem negra sobre minha cabeça, mais a vida precisa seguir mesmo com um coração partido. Por que eu sou intensa,
sou paranoica, sou maluca ao ponto de amar novamente, mas não confiar, eu sinto que o mundo vai acabar amanhã, eu sou uma pessoa ou uma alma perdida na escuridão eu não faço poesia mais eu entendo a cabeça de um poeta eu entendo a cabeça perturbada ao ponto de escrever versos de amor e dor ou como os dias são difíceis.
DOR NA ALMA
Na solidão da noite, ecoa uma dor sem fim,
Na alma ferida, um grito abafado por dentro de mim.
Cada suspiro é um lamento, uma canção de tristeza,
Que ressoa no silêncio, na mais profunda incerteza.
A dor na alma, como uma sombra que me envolve,
É o eco dos tempos difíceis que a vida resolve.
Cada cicatriz conta uma história de sofrimento,
Mas também revela a força do meu próprio fermento.
Nas lágrimas derramadas, vejo reflexos da minha dor,
E nas noites escuras, busco uma luz, um novo fulgor.
A alma machucada clama por paz e cura,
Um bálsamo suave que acalme esta amargura.
Vazio
Vazio, um grito que ecoa como gotas numa caverna que escoa.
Vazio, acordar todos os dias e procurar no espelho o brilho de uma vida sombria.
Vazio, o desespero obscuro no olhar de quem procura uma luz no fim do túnel.
Vazio, o desejo sombrio...
Poesia é porto
É nela que choro, canto, grito
Dispo-me e deito em seu colo
Ela calmaria
Eu loucura
Livre
Amor selvagem
Ternura.
Parto, mas sempre volto.
Numa noite em Bhopal, o silencio da morte,
O grito do desastre, as vítimas a sorte.
Nas entranhas da fábrica, negligência em teia, a dor das vítimas, humanidade alheia.
Homens de poder, cifrões em mão,
Prioridades distorcidas, sem coração e razão.
Em gastos de guerra, fortunas se vão,
Enquanto em Bhopal, nenhum tostão.
Não é só a tragédia que devasta,
É a falta de humanidade que a decadas nos arrasta.
Líderes em vez de cuidar, preferem guerrear,
E as lágrimas de Bhopal, o mundo ignora ao tempo passar.
Que estas palavras sejam um eco a soar,
Para lembrar que a nossa humanidade devemos preservar.
Que em meio às sombras, uma luz possa brilhar, e em Bhopal, justiça e dignidade novamente possam reinar.
