Grito
Viva a liberdade de expressão
onde o riso é solto
onde o grito é alto
onde o momento é vivido
onde a fala não é calada
Viva onde os olhos não são cobertos
os ouvidos não são tapados e nossas bocas não são amordaçadas...
Razão de nada
Quando, se perde a razão
No grito acha-se solução
Esperneia se te faz bem...
Nada fica encoberto
Nenhuma cegueira
É permanente.
Atente e não esquente,
O Grito mudo dos vitimizados ecoam aos ouvidos alarmantes e angustiantes dos arautos somando aos anseios e ao clamor por esperança
Da minha janela compactuando com a lua...
Eu e ela, ela e eu.
Quando eu grito ela cala,
Porém quando ela uiva a magia exala
Provando que nada abala
A quem com ela fala.
Laís Penteado
Minha casa, minha casa...
Foi esse o grito daquela mulher enquanto uma outra a segurava pelos braços
Somente a vida como despojo é este o aviso que lembro sempre diante de uma calamidade pública, Esqueça o resto e salve a sua vida...
Quem conhece uma casa portuguesa sabe o significado da frase: é uma casa portuguesa com certeza, com certeza é uma casa portuguesa
Estive por várias vezes em uma casa portuguesa e nela pode-se encontrar, móveis do século passado e até mesmo do século XIX. Flores de todo tipo rodeando a casa, desde copos de leite a primaveras, rosas, ervas cheirosas como alfazemas, alecrim... árvores... maças, peras, laranja, limão... a horta com repolho, batata, feijão, cebolinha, alho, couve coração... um cachorro, um gato... um passarinho ...
A janela se abrindo e aquele vento refrescante entrando sem pedir licença batendo as portas... E no fogão o almoço e a mesa posta para a família e algum agregando como Egas... do Eça de Queirós
A casa portuguesa me leva a um tempo
uma vida que não existe mais... cheiro de aldeia, cheiro de infância... afasto esse vermelho e me encosto no azul de sua tarde
A Essência do Agora
Em meus silêncios
Você é meu grito
Num passado que era mudo
Frente a minha loucura
Que reflete como espelho
Na vontade de passar
No tic-tac das longas horas
Em sua ausência, saudade!
Quase que indomáveis
Não me deixa relaxar
Como pássaro voa atoa
Mas sabe aonde chegar
E só ver o vento tocar.
Tento viver as réplicas de nossas histórias
Fugindo do original
Antes que a rotina de amar desperte
No raiar de um novo dia
Precise me alimentar...
A passos lentos caminho
Por horas fugindo de mim
Para ser encontrada por ti
Busco a essência do agora
Para não cair nos momentos de outrora
Perder o presente que hoje aflora
Sucumbindo nos buracos de minha memória.
Grito de saudades
Estranhas gotas salgadas
Escorrem sem poder evitar
Lágrimas que se agigantam
Se deparam com teu olhar
Buscam brisa leve...
Até te encontrar...
O contraste do céu infinito
E em milésimos de segundos
Se despedem...
Esse tempo que não perdoa
Essa vontade de te encontrar
Que me deixa fora do ar...
Eras a força em mim que persiste em amar
Os pensamentos me arrebatam
Vontades de ti vem sem hesitar
Meus olhos flertando com teu olhar
Brotando na rocha do meu coração
Uma flor rara: a paixão.
O céu parecia finito
E essa primavera em mim
Florescendo ....
Vejo o sol escaldante do tempo
Querendo derreter de saudades
Mas as minhas lágrimas dentro de mim
Te vem regar...
UM GRITO PRESO NA GARGANTA
Um grito dentro de mim
Sufocado pelo tempo
Olho através dos meus sonhos
E como névoa voo para a longe
Instantes que Se desfazem desapercebidos
Um aperto no peito desespera
Os teus sorrisos acenavam com se não fosse voltar
Para meus olhos, o teu lar.
Ecoa dentro de mim
Um som que emudecem meus sentidos
Os gritos mais aguçados de saudades
Emudecendo os meus lábios
Acúmulos de muitas verdades insanas.
Um grito preso dentro de mim
Escondido nas recamaras de minhas esperanças
Levando meu querer e minhas lembranças
Toca o meu desejo com mãos geladas e trêmulas
Como se a alma escorresse entre os dedos
Atravessando o sol da minha existência
O grito preso dentro de mim
Clama do fundo das profundezas da minha alma
Para que ouça o meu silencio
Que veja o que não posso ver
Para que traga de volta
O que perdi à beira do caminho
E na trajetória da minha nova vida.
Devolva-me a liberdade de gritar!
Até que possas escutar
O som das minhas lágrimas,
Que caem no chão
Da minha solidão.
As dores do silêncio, abafa no peito o grito da alma.
Silenciar, não é apenas calar e não deixar som algum escapar; silenciar é não permitir os sentimentos e as emoções se expressarem.
Não reconheceram minhas palavras como ouro ou trigo, mas amanhã se levantará um grito que tropeçando se arrastou por toda vida dentro de mim.
E o seu espaço ei de respeitar, o seu silêncio ei de escutar, só que o meu grito não deixarei de cochichar...
Quando grito, ninguém escuta, e se escuta não vem ao meu encontro. Se amo, não é recíproco. Se me machuco, não recebo ajuda. Se escrevo, ninguém lê. Se falo, ninguém ouve, ou pelo menos finge não ouvir. Sei lá, a vida tem essas formas de tentar me mostrar que consigo me virar sozinha.
De repente ouvi um grito
Um gemido, um sussurro
E quando eu menos esperava
Passa por mim uma mulher aterrorizada
Pôs meu coração em disparada
Quase morri de medo, que susto!
Não haveria segredos, se ninguém odiasse os ratos!!!
Sei varias coisas ...
Sei que o amor é um grito no vazio ,
sei que o esquecimento é inevitável ,
E sei que te amo .
Ganância
Quando eu falo não acontece nada
Quando eu olho não acontece nada
Quando eu grito não acontece nada, nada acontece
Nada aconteceria se não estivéssemos juntos
Vem pras ruas você também.
