Graça

Parte dos problemas sociais está na normalidade com que alguns absurdos são tratados só porquê a maioria se identifica com eles e se adequa às suas consequências

À lua é fácil de chegar, basta gostar de viajar solitário, estando num ambiente de paz, mantendo os olhos fechados, para desembarcar em solo lunar e usufruir da pouca gravidade experimentando ser leve ainda que na terra

Mesmo na estrada da determinação há pedras no caminho, e elas chamam-se "desistência". Dificilmente haverá atalhos nesta estrada, mas a chegada vai te convidar a olhar para trás para você poder dimensionar o quanto valeu à pena ter seguido em frente.

Quando não se ouve o silêncio do outro somos surpreendidos com o seu estridente grito dentro deste mesmo silêncio e, às vezes, tarde demais para dar-lhe atenção.

Honestidade não é só devolver o que foi, eventualmente, achado, mas é, especialmente, não deixar, nunca, o outro perdido.

Às vezes, é preciso provocar reflexões mais desafiadoras para tentarmos acelerar o processo de amadurecimento funcional, dentro de uma coerência mínima dos valores praticados, da sociedade. Ok, temos todo o tempo do mundo quanto uma congregação terráquea, mas não deveríamos perder tanto tempo com o emocionalismo ineficiente.

Iniciar uma semana é mais do que recontar esta pequena fatia do Tempo, é perceber que o Tempo está nos oferecendo uma nova recontagem de possibilidades para buscarmos realizar, por hora, uma fatia do nosso grande objetivo. Mãos à obra, porque o Tempo não para, justamente, para não nos paralisar, porque Ele, se quisesse, pelo tempo, já podia descansar.

Só para registrar: o meu coração não tem estepe, algumas fortes emoções me põem em risco.

Quando o coração estiver feliz e a alma leve esquece o "por quê?" e foca no ",porque".

Nascemos indivíduo, com alma singular, mas insistem em nos transformar num ser coletivo, por esta razão desenvolveu-se a dependência "exagerada" uns dos outros e com ela a depressão pela decepção. Definiram que a nossa felicidade tem que depender do outro, que "temos" que amar ao outro, acreditar no outro, não questionar o, suposto, poder do outro, viver para o outro, se doar ao outro etc. São tantas as "obrigações" que nos amarram ao outro que não temos liberdade para sermos nós e aprendermos a ser felizes como indivíduos que, essencialmente, somos e podermos olhar o outro como alguém que também precisa se libertar das suas dependências e das obrigações com os seus "outros", e não como alguém com a responsabilidade de, igualmente, ser coletivo, quando ele, também, é um indivíduo. O conceito de interação é perfeito, o que estraga são as vias perfeitas de anulação pessoal.

Toda paz que alguém te traz é passível de ser multiplicada. Tente transformá-la num confete e jogue-a na vida.

Que o verdadeiro coração fértil em bons sentimentos não dependa da safra do perdão, nem do tempo publicitário de amar o outro, para colher o fruto que a ele próprio cabe semear e possa, assim, ajudar na lavoura do cultivo da sua paz interior, bem como da paz coletiva.

Que a nova partícula do Tempo, denominada ano 2019, seja reluzente e com dias de beleza Poente. Que o nosso caminhar discente, enquanto presentes neste processo onde a vida se faz docente, nos eleve, diariamente, ao patamar de uma alma integralmente inteligente e livre das fraquezas, dos preconceitos e das indiferenças pendentes. Que sejam esquecidas as tristezas vividas anteriormente.

A contagem do tempo é coisa do homem, o Tempo não para um instante sequer para que acionemos a tecla F5, para que atualizemos as fatias que dele cortamos, assim como ele não espera a gente crescer, bem como a vida não espera a gente aprender a caminhar, eles simplesmente seguem o fluxo do universo, o relógio supremo. Somos os seres orbitantes e não eles orbitam à nossa existência, temos que acompanha-los, não é o Tempo, nem a vida que nos acompanham. Nós passamos, eles permanecem. Temos o nosso tempo interior neste processo, é justo que o respeitemos, mas não nos demoremos hospedados no tempo que nos é permitido perder. O esforço para que se conclua o ciclo deve ser como vias paralelas, Nós, a Vida e o Tempo fluindo lado a lado. Não importa se cansados, desligados, desestimulados, despreparados ou indiferentes o Tempo vai passar, a vida vai nos provocar viver, porque ambos, apesar de soberanos, se importam com o nosso transitar neste Tempo e contam, também, com o nosso movimento para se manterem ativos e eternos, e para nos perpetuar no Tempo. Estejamos certos de que hoje somos frutos de um percurso pregresso cuja a semente germinará num Tempo posterior. Este é o procedimento da nossa eternidade oculta no Tempo.

Não se culpe por você não ser dotado(a) da falsa grandeza de dar o seu perdão imediato, como se ele estivesse ligado no automático. Acredite, você não é um monstro(a), você é normal, você só não teve a sua alma sob nenhuma forma de adestramento, ela apenas segue o seu coração de forma natural. Tudo tem o seu momento, inclusive o perdão.

A saudade de quem está perto só sentem os orgulhosos, ou àqueles que são péssimos administradores do tempo, ou os impossibilitados de se locomoverem, ou os incompetentes na ação de gostar de alguém.

Há quem prefira desbravar o mundo e há quem fique confortável no seu mundinho, tudo é uma questão de expectativa sobre os próprios limites, sobre a capacidade de sonhar e acreditar, bem como da dose de insubordinação frente às imposições do comodismo e dos que torcem contra às descobertas que libertam.

Onde tem corporativismo não tem justiça, tem jeitinho.

O nosso melhor deve ser praticado e não propagado. Onde tem vaidade o aplauso é falso.

Apurar o gosto pelas coisas da vida promove a falta de gosto dos que já não te gostam.