Gosto do Perigo
O PREÇO DAS ESCOLHAS
Quando fizer escolhas, avalie todos os riscos, o preço que poderá pagar, os resultados que serão invevitáveis. Seja otimista, com o propósito que dará certo e viva o AGORA. Todo resultado depende do que foi semeado.
Lembre-se: todo problema vem acompanhado de solução, mas nem sempre conseguimos enxergá-lo, ficamos cegos, perdidos, muitos se desesperam e acabam se prejudicando.
Permita-se vivenciar, ser você mesmo e cultive bons pensamentos.
Acredite na vida.
A vida acredita em você.
SEJA IDOSO
É hora de retirar todas as velhas crenças a respeito de si mesmo com relação a ficar velho.
Ser velho é ser rabugento, não aceitar novas mudanças em sua vida, é reclamar de tudo, colocar defeito e criticar o tempo todo. É não querer aceitar você e nem os outros como são e muito menos querer modificar para ser melhor.
Opte em ser idoso para ser uma pessoa alegre, jovem o tempo todo, que está pronto para novas mudanças, que aceita as mudanças do corpo com naturalidade, sem neuroses.
Busque melhorias diárias para promover qualidade de vida.
Cuide-se.
Viaje.
Faça novas amizades.
Namore.
Dance.
Brinque.
Esse é o idoso da “terceira idade” ou da “melhor idade” do século XXI.
INTUIÇÃO
Ouça sempre a sua voz interior, avalie todas as situações com calma e segurança.
Jamais desista de seus objetivos, mas antes avalie todos os riscos.
O seu sucesso depende exclusivamente de você!
Fale a verdade, seja ela qual for de forma clara e bem objetiva, usando um tom de voz agradável e tranquila, livre de qualquer preconceito ou hostilidade.
Lance um olhar sobre os seus semelhantes de ternura, amor, carinho, amizade, doçura, alegria e sinceridade.
O nosso corpo fala silenciosamente, de várias formas, lembre-se que agindo assim estará semeando... Toda semente lançada, germina, cresce, se transforma, e dará resultados da sua colheita.
FELICIDADE
Ninguém é dono da sua felicidade, por isso não entregue sua alegria, sua paz, sua vida nas mãos de ninguém, absolutamente ninguém.
Você é o grande artista que monta a estratégia de sua obra prima, que revela as cores, as imagens, a forma, toda a magia, encanto e paixão do seu ser.
Seja o artista de sua felicidade, construindo cada detalhe com muito amor, segurança, autoestima, alegria, e paz no coração.
Precisamos aprender a perdoar como crianças. As quais brigamos agora, e em dois minutos já está nos abraçando e pedindo perdão.
O arte que em minha casa companheira
O arte que em minha casa companheira
acabou de chegar com grande amor,
tudo alegrou com luz dessa quimera
que sempre almeja um pobre coração.
A quimera do bem e do prazer,
do goze da vida e do morrer
de quem ao suspirar hoje como ontem
só conhece o mundo do sofrer.
Pobre de mim se ela não me desse
o pão que vai aliviando meu passar,
pobre de mim, grande Deus, se não sentisse
o murmúrio do santo verbo amar.
Arte, arte divina concebida
para meu coração e qual bandeira
foi no caminho de minha vida
luzindo bem valente uma quimera!
Por que, meu Senhor?
Por que, meu Senhor, sem pena condenou
meu cérebro a pensar?
Por que, meu Senhor, da mão conduziu
meu espírito em seu andar?
Por que, meu Senhor, por vosso nobre mando
meus olhos vão chorando?
Por que, meu Senhor, talvez por amor?
Uma jornada marcada por abdicações, guerras, choro, desequilíbrio, ansiedade, etc... Circuntâncias desagradáveis para qualquer um, porém quando se percebe que quanto mais difícil mais saboroso fica, passa-se a pensar no azar como sorte...
Alvorada
Raiar. Madrugada. O fulgor
E mais cintilante talvez
E uma brilhante palidez
O cerrado no seu alvor
Não a beleza apenas
Do horizonte multicolor
Mas a das cenas plenas
Que no delírio é revelador
A voz do dia grita
E da magia responde
Numa formosura infinita
Que no flexuoso esconde
Mas quase sem ruído
A alvorada no outono
Deixa na noite o sono
E do sublime é possuído!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
15 de maio, 2020, 05’05” – Triângulo Mineiro
Ser-se Poeta
Ser-se poeta é ser-se sentimental
( - ou mais do que piegas talvez...)
É pôr-se no romantismo especial
E ter a sofrência nunca em escassez
É devanear sem arrecadar nada
Consciente da redoma lhe posta
Nos versos da poesia traçada
Estar sempre em busca de resposta
É saber rir e chorar sem por nome
Ter no olhar um querer por alguém
Um amor que sempre lhe consome
E uma trateia que o leva para além...
É enredar com perfume a dor
E acha-la formosa e humana
Porque lhe faz eterno amador
Com sensações de rara porcelana
Ser-se poeta é ser-se sonhador!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
15/05/2020, Triângulo Mineiro
abajur
mesmo estando escuro
havia aquele abajur
mesmo sem poesia
havia o lusco fusco da lua
iluminando o teu olhar que luzia
na inspiração, com rima nua
poetando o que não dizia
a paixão... e onde era sua
a minha vontade, o meu amor
hoje, solitário pela rua
os meus versos sem sabor
vai... chora... calado
por onde for
e o abajur apagado...
aí que dor!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16/05/2020, Triângulo Mineiro
VISITA (soneto)
Nos paralelepípedos das calçadas
Leio os versos do viver de outrora
Meu, rimas sinuosas e poeiradas
Numa memória tão fugaz e sonora
Vou sozinho, outras as madrugadas
A trama diferente, e outra a hora
Outros destinos, e outras estradas
Desassossegado, o que sinto agora...
Choco na linha da vida, nas esquinas
Fico calado. Desfaço o laço de fita
Do fado. Tem cheiro de naftalinas
Corri ao encontro da velha escrita
Sorri, falamos, ofegantes narinas
Segui andando, na revinda visita...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19/05/2020, Triângulo Mineiro
O BEM (soneto)
Sim, no vaivém
de querer ser alguém
Sei de sobra
que a vida cobra...
Sei, que ir além
requer ser, também!
Ser, o que o jeito dobra
e ter mão a obra...
Sei, enfim, que
todo tem porque
e tem porém...
Contudo, a vida
se tem amor de partida
o propósito terá o bem.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20/05/2020, Triângulo Mineiro
Orquídeas
[...] multicor
ao vento bailarinas
na natureza ao dispor
delicadas meninas
seda da vida
nos jardins inquilinas
na medida
tutus de rendas
contidas... garridas...
prendas
tão belas, floridas
as orquídeas,
tom maior... preciosa flor!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20/05/2020, Triângulo Mineiro
arranjo de flores
[...] um arranjo de flores
de muitas cores,
assim terei motivo
e o mais viver, cativo,
para a inspiração florecer...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Sertão da Farinha Podre, Triângulo Mineiro
maio de 2020
NUMA TARDE
Dentro do crepúsculo no horizonte
Do entardecer do cerrado luminoso
No céu espalha o devaneio ramoso
Encanto peculiar, e plural viva fonte
Entrelaça-se, nas cores, em monte
Em um sintoma mágico e viçoso
Se vestindo de um atrativo fogoso
Corando o ar no dia em desmonte
O silêncio da tarde corre fugidio
As pombas gorjeiam no beiral
E o sol empalidece num arrepio
É a noite saindo do véu virginal
E o vento em um afiado assobio
Poetando um entardecer casual...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Numa tarde, 2020
Sertão da Farinha Podre, Triângulo Mineiro
SEPARADO (soneto)
À saudade que sofre, em segredo
De ti, no exilio o peito a suspirar
Palavras sem sentido e enredo
Chora, e faz o poema lacrimejar
Com que estro e aperto azedo
Amargam os versos a lamentar
Causando nas rimas tal medo
Que fende com a dor a rasgar
Nem só desejo poetar o amor
Desejo, nem só canto de amar
Me basta, trovas do teu beijo
Assim, poder ter conto rimador
E as estrofes do seu doce olhar
Na esquina da poesia, almejo...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
03/06/2020 – Triângulo Mineiro, MG
Sertão da Farinha Podre
