Gostar de quem Mora longe

Quem semeia a injustiça colherá a desgraça.

Às vezes com a pessoa a quem amo

Às vezes com a pessoa a quem amo
Fico cheio de raiva
Por medo de estar só eu dando amor
Sem ser retribuído;
Agora eu penso que não pode haver amor
Sem retribuição, que a paga é certa
De uma forma ou de outra.
(Amei certa pessoa ardentemente
e meu amor não foi correspondido,
mas foi daí que tirei estes cantos.)

Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!

E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!

Quem a si próprio elogia, não merece crédito.

A quem me pergunta se sou pessimista ou otimista, respondo que o meu conhecimento é de pessimista, mas a minha vontade e a minha esperança são de otimista.

Quem não recorda o passado está condenado a repeti-lo.

É grande quem sabe ser pobre na riqueza.

Quem sabe o que se pode ganhar num dia jamais furta.

Quem tem mil e um amigos não encontra um disponível; quem tem um inimigo encontra-o em todo o lado.

Quem afasta a amizade da vida parece que arranca o sol do mundo, pois os deuses imortais não nos deram nada melhor nem mais doce.

Quem pensa muito, nem sempre escolhe o melhor.

Quem acende uma luz é o primeiro a se beneficiar da claridade.

Quem nunca caiu não tem bem a noção do esforço que é preciso para se manter de pé.

Nunca julgamos aqueles a quem amamos.

Quem confiou os seus segredos a outra pessoa, fez-se escravo dela.

Não posso ensinar a falar a quem não se esforça por falar.

Quem acolhe um benefício com gratidão, paga a primeira prestação da sua dívida.

Quem faz o bem, conquista paz interior.

Nada é impossível a quem pratica a contemplação. Com ela, tornamo-nos senhores do mundo.

Quem não sabe encontrar o caminho para o «seu» ideal vive de um modo mais leviano e insolente que o homem sem ideal.