Gente Mesquinha
Nossos espaços
Sempre tive a seguinte filosofia: as pessoas vão até onde a gente deixa. Sou eu que coloco os limites. É você que diz até onde a outra pessoa pode ir. Ninguém pode forçar a barra ou uma situação. Ninguém pode forçar amizade, cumplicidade ou intimidade. As coisas precisam ser naturais, simples, saudáveis, afinal, todo mundo está aqui para ser feliz, para conquistar todo dia alguma serenidade. É ou não é?
Percebo que hoje em dia tudo anda meio sem limites. Um se mete na vida do outro, o outro se mete na vida do um. Assim, sem a menor cerimônia, sem pedir licença. E não gosto. Sabe por quê? Sou reservada. Quem me vê por aí dizendo nas redes sociais hoje-comi-risoto-de-aspargos ou essa-é-a-Junoca ou estou-de-férias ou estou-na-Jamaica ou olha-que-linda-minha-sapatilha ou qualquer outra coisa não me conhece. Isso não é me conhecer. Para você ter uma ideia, não é todo mundo que convido para ir na minha casa. Acredito naquele lance de energia. Gosto que sente no meu sofá quem tem energia boa. Gosto que conheça minha intimidade quem eu quero.
Apesar de escrever tanto e sobre as coisas de dentro, me revelo para poucos. E acho, de verdade, que a internet dá margem para as pessoas acharem que conhecem as outras. Só pelo que falam. Só pelo que tuitam. Ninguém se dá conta que o "conhecer" é olho no olho, é tom de voz, é muito mais do que um bando de palavras perambulando por aí. Mesmo porque na internet todo mundo é lindo e feliz. Ou é chato e reclamão. Essas duas categorias são as que mais se destacam: o que reclama de tudo ou o que diz que tudo é lindo e maravilhoso. Extremos.
Quer saber um fato curioso? Fiz aniversário na segunda-feira. Recebi muito carinho e vários parabéns. Mas sabe quantas pessoas ligaram? Poucas. Poucas mesmo. A maioria usou a internet (Facebook, Twitter, email, MSN) ou mensagens no celular. Fiquei feliz com tantas felicitações, não estou reclamando, apenas fazendo uma observação: pouca gente ligou. Pouca gente ouviu minha voz. Antigamente, o telefone era o maior meio de comunicação. Você atendia e do outro lado alguém cantava "parabéns pra você". Você atendia e tinha uma telemensagem (lembra?). Hoje em dia a internet deixa tudo mais rápido. E mais impessoal. Desculpa, mas eu acho. Adoro cartão, carta, bilhete. Toque. Fico pensando como vai ser no futuro.
A internet aproxima e afasta, já falei sobre isso uma vez. É prática, sim. Mas até que ponto é realmente um meio de aproximação? Em um email você não sente a pessoa. Em uma carta, sim. Vê a letra, sente a emoção. Palavras digitadas são frequentemente mal interpretadas. Dia desses aconteceu isso comigo. Facebook. Falei uma coisa, uma pessoa interpretou errado e veio dando voadora. Feio. Não entendeu o que quis dizer. Mas como diz minha mãe "explicação a gente dá para porteiro".
Quem me conhece sabe exatamente como sou. E não tenho, mesmo, que me explicar para ninguém. Mesmo porque as pessoas juram que nos conhecem. Acham que podem sair palpitando a torto e a direito na nossa vida, nas nossas coisas. Quer um exemplo? Ontem, do nada, uma pessoa me chamou no MSN. Uma pessoa que eu não conheço e não fazia a menor ideia de como tinha meu MSN, afinal, uso ele para trabalho. Pouca gente tem, apenas amigos, colegas e família. Então, era de manhã, eu estava bem atrapalhada trabalhando e resolvendo pepinos gigantes. A pessoa chegou sem bater na porta, perguntei quem era, ela se apresentou e perguntou "é difícil publicar um livro?". Falei que sim, é. E ela automaticamente (por eu não ter dado atenção ou explicado melhor a dificuldade, talvez) disse "você parece menos seca nos seus textos". Como assim? Percebe o absurdo? Eu estou TRABALHANDO. Chega uma pessoa do além, que nem sei como tem meu MSN, faz uma pergunta e quer que eu ofereça um chá com biscoitos?
Insisto no seguinte: todo mundo tem que ter noção. De espaço. Aqui termina o meu, ali começa o seu. Não sou seca, pelo contrário. Só não gosto - e nunca gostei - de invasão, você gosta? A gente não consegue nada forçando as coisas. Ninguém vai gostar de mim se eu forçar uma situação. Mas você vai gostar (ou não) de mim se eu for natural, verdadeira, honesta. Se eu for exatamente como a vida é: simples.
Descobri que a vida é um eterno recomeçar, que a gente sempre cai e que há sempre pessoas pra te empurrar e poucas pra te levantar...
Descobri que seus valores nunca são iguais aos outros, que seu caráter é seu maior tesouro...
Que há pessoas que brincam e não dão valor aos seus sentimentos...
Que acreditam que a mentira é a melhor opção...
Que são covardes e não admitem seus erros...
Que são fracos e não lutam pelo que querem...
Há o bem e o mau, mas há o superior a isso e eu acredito nele...
Há a verdade e eu permaneço nela...
Há a mentira, os que permanecem nela são fracos, esses nunca se fortalecem...
Há principalmente o amor, isso poucos tem o privilégio de sentir e principalmente de manter...
A vida é um eterno aprendizado...
Eu estou apenas no começo...
• Obrigado por me iludir, por me mostrar que a gente não deve ser tão ingênuo e confiar cegamente nas pessoas. Obrigado por me provar que não se deve por a mão no fogo por ninguém, porque vc pode se queimar feio. Obrigado por me mostrar que a rasteira vem de onde menos se espera e que palavras e promessas são algo que o vento leva e não traz de volta. Obrigado por me iludir com a palavra Amor, e com a frase Eu te amo, pois agora entendo que isso não deve ser dito mas sim demonstrado com atitudes, e que devemos amar primeiramente a nós mesmo. Obrigado por me iludir, porque agora eu me sinto bem mais forte e vejo a vida por uma outra visão... a visão da Realidade!
As coisas que a gente escolhia para enxergar nesse mundo eram parecidas. Apontávamos para os mesmos lugares...
O amor é uma palavra que sempre chama
atenção, mesmo que a gente não queira, o
amor tem sempre a razão.
O amor é um sentimento tão nobre,
tão bonito, é nele que eu me
alimento, é nele que eu acredito.
Porque quando vem de dentro a gente faz o possível para ver o outro feliz. Quando é de verdade a gente dá satisfação e a satisfação nem parece satisfação, pois não soa como tal. Soa leveza. Cheira a leveza. Tem sabor de leveza. Quando é real é leve. E o principal: não dói.
"Tem coisas que acontecem na vida da gente que não tem explicação perdemos a chance de amar e sermos amados por medo, por "estar longe", por achar que as diferenças vão atrapalhar, ou a idade, mas esquecemos que um amor perdido jamais nos voltará e que a pior coisa no mundo é viver sem um amor."
Tem vez que as coisas pesam mais do que a gente acha que pode aguentar.
Nessa hora fique firme, pois tudo isso logo vai passar.
Você vai rir, sem perceber, felicidade é só questão de ser.
Quando chover, deixar molhar pra receber o sol quando voltar.
Eu gosto de gente simples, sabe? Eu gosto de gente que não tem vergonha de rir andando sozinho se lembrou de algo engraçado, mesmo que o achem maluco. Eu gosto de gente verdadeira, que não forjam sentimentos, que transbordam. Que sentem ciumes, que emburram, e que desfaz o bico se recebe um dengo. Eu gosto de gente que ri de si mesmo quando fala alguma coisa incrivelmente errada. Eu gosto de gente simples, que se dispersa vendo onde aquela formiguinha vai carregando seu grão. De gente que tropeça e sai correndo, fingindo que estava brincando. Gosto de gente meio estranha, que olha dos dois lados pra atravessar a rua, mesmo sabendo que ela é de uma mão só. Eu gosto de gente natural, de cabelo bagunçado, de cara de sono, de sorriso largo, de coração grande. Eu gosto de gente.
Não tenho medo de amar, nem de confiar ou querer o melhor.
A gente merece aquilo que a gente vibra.
A vida se entrega a quem se solta, e o amor se entrega também,
e as coisas boas chegam.
Acho tudo isso uma hipocrisia, como a gente vive. Em um circulo social fechado onde você é obrigado a conviver, com algo sem escolha. E se você é atípico, você é isso, ou aquilo. Você é taxado, rotulado. As pessoas não têm criatividade nem originalidade. Preocupam-se com a sua vida, e esquece que tem uma vida, e que o tempo ta passando. Vivem de mentiras para adquirir um lugar ‘sociável’ na sociedade. Fazem infernos e brigas, e se sentem felizes com isso. Não tem amigos em que possam confiar. E eu não quero ser assim.
Pelo menos, eu aprendi uma única coisa. Aprendi o que é ser uma pessoa de verdade.
Seria tão bom... Se a gente pudesse colocar toda a mágoa, dor e angústia em um envelope e mandar de volta ao remetente.
"Tem coisas que acontecem na vida da gente que não tem explicação perdemos a chance de amar e sermos amados por medo, por estar longe, por achar que as diferenças vão atrapalhar, ou a idade, mas esquecemos que um amor perdido jamais nos voltará e que a pior coisa no mundo é viver sem um amor."
No balanço do trem
Gente que vai
Gente que vem
... Sonhos da janela do trem
Crianças, mães, olhares anônimos
Viagem com destino certo
Sonhos sem destino
Entre passado e futuro
Amor bandido
Desabafo em lágrimas
Fogo da paixão
É hora!
No balanço do trem
Sonhos sem destino
Vidas separadas
Até o próximo
Balanço do trem!
Não se desapega de pessoas, a gente se desapega é do sentimento que temos, é das expectativas que criamos sobre elas, é da confiança que depositamos nelas e os afastamentos acontecem . São doídos , mas também surpreendentes, porque passamos a enxergar a nudez de um coração, a frieza do sentir e a sua alma transparente , sem maquiagem alguma.
Eu acho que com o tempo a gente aprende, que mendigar amor e atenção nunca é a melhor opção. Que pedir pra que alguém fique, quando o que ela mais quer é ir embora não faz ninguém feliz. A gente aprende que se afastar nem sempre é o melhor, mas é a coisa certa a se fazer. Que mesmo você amando muito alguém, ela possa não te amar da mesma forma. É isso que a gente aprende, que nem sempre a vida é como a gente quer que ela seja.
“Quando estamos diante de algo ou de alguém que é absolutamente precioso na nossa vida, a gente sabe, mesmo que sem muita clareza no início, a nitidez às vezes só costuma florir no tempo da primavera do olhar. A gente sabe porque sente com uma sinceridade tão profunda que qualquer nuvem de dúvida dura pouquíssimo no céu de azul macio que acontece nesse território da alma. A gente sabe porque o sentimento nos pega pela mão e nos leva para um lugar de paz tão singular que, se formos honestos com nós mesmos, reconhecemos ter visitado raras vezes nas nossas andanças. A gente sabe porque sente ter sido despertado em nós um entusiasmo que nos enche de vontade de fazer expandir a nossa bondade e transformá-la em gestos amorosos pra distribuir por aí. A gente sabe porque o coração também sai de casa pra sorrir e quer convidar outras tantas vidas pra sorrir junto. A gente sabe porque não consegue mais imaginar que o nosso caminho desaprenda a passar por lá, mesmo que precise aprender a desaprender depois. A gente sabe porque se sente feliz. Simplesmente feliz.”
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