Gente Futil
Por esses longes todos eu passei, com pessoa minha no meu lado, a gente se querendo bem. O senhor sabe? Já tenteou sofrido o ar que é saudade? Diz-se que tem saudade de ideia e saudade de coração…
"Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí? Seja ridículo, não seja frustrado, “pague mico”, saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta. Antes idiota que infeliz!"
O que falta muitas vezes para a gente poder resolver os nossos problemas é a simplicidade em enxergá-los. Retirar os excessos. Não permitir que os nossos excessos venham obscurecer a nossa visão, ou até mesmo nos impedir de encaminhar uma solução para aquilo que nos faz sofrer. Isso é ter fé. É a gente acreditar que Deus está do nosso lado no momento da nossa luta, no momento da nossa dor. E que, portanto, a gente tem o direito de ser simples. Quem traz no coração a certeza de que Deus é por ele tem mais facilidade de adentrar nesse território da simplicidade. Porque não se sente sozinho sendo simples.
Que a gente reconheça o poder do outro sem esquecer do nosso.
Que as mentiras alheias não confundam as nossas verdades, mesmo que as mentiras e as verdades sejam impermanentes.
Que friagem nenhuma seja capaz de encabular o nosso calor mais bonito.
Que, mesmo quando estivermos doendo, não percamos de vista nem de sonho a ideia da alegria.
Tomara que apesar dos apesares todos, a gente continue tendo valentia suficiente para não abrir mão de se sentir feliz.
Nota: Trecho do texto "Tomara", muitas vezes erroneamente atribuído a Caio Fernando Abreu.
Todo dia a gente perde um pouquinho da nossa identidade por causa
de medos padronizados e cobranças coletivas. Antes de descobrir qual é a nossa turma - seja a turma dos bem-sucedidos, dos descolados, dos espertos - é bom estar
agarrado ao que nos define, e isso a gente só vai descobrir se estiver em contato com nossos sentimentos mais primitivos. Não é preciso ir ao Alasca, não é preciso
radicalizar, mas manter-se fiel à nossa verdade já é meio caminho andado.
Que a gente brigue de ciúmes, porque ciúmes fazem parte da paixão, e que faça as pazes rapidamente, porque paz faz parte do amor.
Muitos me chamam de fraco,
de fútil e dizem que eu faço muito drama.
Só que na boa, o que eu passo sorrindo, fingindo estar bem, eles não aguentariam nem gritando.
É melhor viver uma vida marcada por lutas,
revoltas e indignação. Do que viver uma vida
fútil, inclinada para a escravidão do sistema
político e religioso...
Melhor é correr o risco de se ferir e até mesmo
morrer, do que viver escondido com covarde!
Em algum momento o mundo se tornou um lugar fútil, superficial e de aparências.
Já não se vivem os momentos, os registram através de selfies postadas nas redes sociais.
Esse excesso de exposição esconde consigo uma procura insaciável por aprovação.
Se busca a aprovação de pessoas que em muitas vezes nem se sabe quem são.
Agora vamos fazer a coisa mais humana de todas: tentar fazer algo fútil com uma tonelada de autoconfiança não merecida e falhar de forma espetacular!
Saber viver com os homens é uma arte de tanta dificuldade que muita gente morre sem a ter compreendido.
A beleza é como as romãs, cujo efeito é de pouca duração; acostumando-se a gente a elas, deixam de se sentir.
A gente não escolhe o próprio assunto. Eis o que o público e os críticos não entendem. O segredo das obras-primas está nisso, na concordância do assunto com o temperamento do autor.
