Gata
O BAMBINAR DO PELO DA GATA
Você me faz tão bem,
Com não ser alguém,
Porque sou ninguém,
Assim então me vem.
Desce de seu muro,
Vivo num chão duro,
Meu querer é puro,
Confie sou seguro.
Vejo seu pelo bambinar,
No miado quer me amar,
Você está a sazonar,
Cresce e vem para o lar.
Deixa de ser sem juízo,
Pois ambos temos prejuízo,
De você é tudo o que preciso,
Venha me aceite sem aviso.
Bambinarei o seu ser,
Você terá todo o meu ter,
No bambinar nada terá a temer,
A não ser o nosso envelhecer.
André Zanarella 28-09-2012
Bambinar Agitar-se como bambinela.
Agitar-se com a aragem ou com o andar; esvoaçar.
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4501492
A Gata Nina
Era uma gata pintada,
Malhada, rajada, dourada.
Era uma gata caprichosa,
Mais muito glamorosa.
Era uma gata querida,
Mais muito decidida.
Era uma gata arrumada,
Mais muito educada.
Era uma gata fujona,
Mais como impressiona.
Era uma gata exigente,
Mais muito obediente.
Era uma gata calada,
Mais muito falada.
Era uma gata linda,
Mais filhote ainda.
Gata Arisca
estremece e a voz afina,
cega, num furor, me arranha
feroz fêmea, mão ferina
bate, mas mia quando apanha
Toda mulher tem um quê de gata borralheira.
A maioria rala a semana inteira e quando chega sexta, entra na síndrome da cinderela.
Acredita que tem até o final do domingo pra mudar de vida, vida sentimental claro!
A parte de boa de ser cinderela hoje em dia, é que todo fim de semana tem balada.
Assim quando a gente vira abóbora na segunda, já pode pensar na próxima chance.
Quer dizer, no próximo fim de semana.
A lua é uma gata branca,
mansa,
que descansa entre as nuvens.
O sol é um leão sedento,
mulambento,
que ruge na minha rua.
Eu sou uma menina bela,
na janela,
de um olhar sempre à procura.
Quarto. Um quarto. 1/4.
Cama de gata. C(ama).
Restos de mim em vestígios.
Eu já não sou tão inteira assim.
Feito peixe me descamo.
Feito flor me despetalo.
E feito pacto
Vou me prometendo
Vou me con(sagrando).
Em lençois de cama usados
Em bitucas de cigarro.
Entre buzinas de carros
Entre a poluição sonora
Entre as luzes de uma cidade morna
E eu fico aqui, assim, no escuro.
De um quarto. Um quarto. 1/4.
"Gata malhada, que caminha sobre um teto de amianto,
as suas passadas você não escuta,tem um olhar traiçoeiro,
com bote certeiro.
A vitima não tem como escapar, da boca dessa gata traiçoeira…"
Bisbilhoto um desconhecido que
acaricia minha gata na rua.
Ele vai.
Eu chego.
Ela foge.
Essa tem meu dote,
tá sempre na saideira.
Sarnento conhecido que sou
só peço carícia na coceira
haverei sempre de matar
a curiosidade, da gata aqui
a sede, de conhecimento
o prazer, da maldade
o tempo, com a minha ociosidade
a vontade, das coisas prazerosas
o cansaço, que me consome
a preguiça, que insiste em não me largar
a ideia, que me azucrina
a fome, alimentando a alma
o mal, com sentimento de amor
o sonho, porque ele será ser realizado
a dúvida cruel
o ódio, com amor(próprio)
de raiva, mesmo sem querer
e também haverei de morrer
de tédio
de agonia
de loucura
de indignação
na doce ilusão
dos meus pensamentos
e há quem diga que é de morte morrida
e muito bem sofrida
porque é de amor que quero morrer
e outros dizem que é de morte matada
onde muitos já me mataram em seu coracao
e eu também já matei muitos sentimentos
em legítima defesa, que me levaram
ao banco dos réus em minha justa consciência
e da morte me restou apenas a flor
por cima do meu jazigo de vidro
uma alusão aos telhados de vidro
da vida frágil e remota que temos
mas não temos saída a não ser por aqui
só sei que de saudade não quero morrer!!!
Gata vc me faz pensar em um belo lugar .
Eu vc a noite e muito pouco pra esse extremo prazer
Um bjs gostoso um olhar safado um gemido que faz delirar.
Tua boca na minha sua pele a se arrepiar .
Seu corpo quente a se encaixar em mim.
Minha mão a te tocar meus braços a te puxar ao encontro do meu .
Tudo e diferente mais me entrego a esse prazer extremamente sem medo ou hora pra acabar .