Fui
EU ENSINEI TODOS ELES!
Fui Professor durante 35 anos. Eu ensinei português, matemática, história, geografia, ciências, artes, ensino religioso, educação física…
Não fui só Professor, fui terapeuta, psicólogo, orientador educacional e profissional, pai, mãe, padrasto, amigo, anjo e todos os adjetivos bons e ruins que um Professor recebe.
Mas eu amei ensinar História! Eu não ensinava, eu me transportava no tempo e no espaço com meus alunos!
Hoje olho na janela do tempo e vejo ex-alunos médicos, advogados, professores, dentistas, psicólogos, psiquiatras, engenheiros, agrônomos, arquitetos, costureiras, cozinheiras, enfermeiras, …
HOMENS E MULHERES QUE COM AMOR ENSINEI!
Vejo meus ex-alunos aqui na minha cidade, em São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro, Curitiba, Londres, Portugal, Alemanha, Sergipe, Natal, Tocantins, Mato Grosso, Amazônia, México, EUA, MUNDO AFORA…
➖A menininha tímida do banco da frente que não sabia pegar no lápis hoje é uma arquiteta renomada;
➖O menino que usava Ritalina e depois de tanto eu dizer que ele era normal sem remédio nenhum, é médico e com certeza faz a vida das pessoas ser melhor;
➖O adolescente quieto, silencioso e respeitoso que sentava na primeira carteira ao lado da minha mesa ainda cumpre pena num presídio de segurança máxima em algum lugar do Brasil, por homicídio triplamente qualificado;
➖O garoto que cuidava para que não furassem os pneus do meu carro é um motorista de carreta apaixonado pelo volante e que cruza esse país todas as semanas;
➖O menino que era galã da sala e mandava flores para a menina que gostava, tombou morto num acidente de moto antes dos 20 anos.
➖A menina tímida que tinha dificuldade em matemática se tornou Professora Universitária e vive em outro país;
➖A garota miss da turma é uma mãe dedicada e cuida de três filhos lindos, da sua casa e do seu marido, feliz e realizada…
E assim eles estão espalhados pelo mundo cada um fazendo o que compreende ser melhor, pois eu também os ensinei a voarem como águias.
Ensinei que o mundo é nosso espaço e o tempo é senhor da História!
Eu não apenas os ensinei, mas APRENDI COM ELES!
E hoje eu abro a janela do tempo e orgulhosamente reconheço que eles fizeram minha vida melhor e minha pequena contribuição fez deles homens e mulheres em busca dos seus sonhos e sempre capazes de acreditar que “SOMOS AQUILO QUE PENSAMOS, AMAMOS E VIVEMOS!”
Hoje, minha Gratidão a Deus por ter me concedido tempo e espaço para Ser Professor, para ter impactado em tantas vidas com amor e serenidade!
Eu ensinei a todos!
Eu ensinei com paixão e isso faz com que não apenas o dia de hoje, mas todos os dias sejam de alegria e encantamento.
Porque é isso que realmente importa!
É vazio e frio sem você... Você já não mora mais aqui.
Fui eu quem te tirei daqui.
Sou grata por isso, porque, apesar de você esquentar meu coração; você o super aqueceu.
Você fez com que se tornasse o inferno.
Fez com que minha mente se corroesse por completo.
Meu coração engoliu pedaços de si, para preencher o estrago que fizeste.
Eu fui engolida por uma onda e me afoguei, para não lidar com você.
Não lidar com meus e seus sentimentos.
Não lidar com nossos ‘eus’.
Não lidar com nossos corpos.
Não lidar com minha angústia e confusão, que cresce a cada dia. Que aumenta como uma onda.
Tão rasa, mas em segundos se transforma em um tsunami.
Eu me permiti afogar na onda, apesar de rasa.
Quando pude fechar os olhos e parar de tentar sobreviver;
Eu me senti livre.
Liberta.
Me prendia tanto a você e os sentimentos que isso me causava que nunca me permiti sentir.
Eu me livrei do peso do desespero que sua presença causa.
Me afogar foi melhor do que lidar contigo.
Me afogar me deu paz.
Me afogar me fez finalmente viver.
Me afogar foi melhor.
Fui eu que escolhi morrer sozinho,
Fui eu que escolhi a dor,
Fui eu que preferi matar meu coração,
Nunca teve a ver com ninguém,
No fundo, sempre foi minha vontade.
Todos estão vivendo o hoje, enquanto eu ainda vivo no passado.
Esquecida fui.
Não faz mal.
Só vão lembrar de mim quando eu não estiver mais aqui.
Nunca fui exemplo de força ou reconhecimento, talvez por isso meu café saia fraco e está poesia, forte.
De fato, fui ignorante ao longo deste tempo,
Porque sempre tentei mudar a minha origem,
Mas agora percebo o porquê das coisas,
O porquê de eu adorar cor e energia
Que exalam e mostram demasiada alegria.
É que eu sou filho de 22 de setembro,
Primeiro dia da primavera de 2002,
Nascido no meio de tanta gente,
Na manhã de um domingo quente.
' MENINA DE PÉS DESCALÇO '
Como é grande a saudade
Do tempo que eu fui criança
Inocência pura, sem maldade
na mente belas lembranças
Eu Sonhava ser professora
Ou então ser um advogado
Uma vida bem promissora
A menina de pés descalço
tempos difíceis, sem stresse
Com momentos de felicidade
E quando a gente cresce
Vê que era feliz de verdade !
No meu mundo encantado
Percorri , muito eu viajei
Sem sonhos, realizado;
confesso que muito amei
Maria Francisca Leite
Ódio
O ódio é essa coisa silenciosa, que se esconde nas frestas do que eu fui.
Ele não grita, não pede, não fala. Apenas cresce. Como uma planta amarga, que se enraíza nas profundezas da alma.
E eu? Eu sou só o vaso, a terra que já não floresce, que só sustenta essa sombra que me habita.
Ele corrói, devagar, sem alarde.
Sinto nas mãos, nas pequenas ações, nos olhares que já não sabem mais ser suaves.
O ódio não tem pressa, ele espera. Espera o momento de ser. Porque, no fundo, o que ele quer não é me consumir, mas transformar-me em sua morada.
' CORAÇÃO FELIZ '
Ao seu lado fui feliz,
não imaginas o quanto,
Fizeste meu coração sorrir,
Eliminando da minha vida o pranto .
Fostes um amor descomunal,
Te amei com uma força colossal,
Ao teu lado meu coração foi feliz,
Mais precioso que pedras de rubis !
Busco -te em pensamentos,
relembrando os bons momentos,
Do tanto que te amei e te quis !
Vou seguindo minha estrada,
Pois preciso seguir em frente.
ao lado de gente, que
Que faz feliz o coração da gente.
Maria Francisca Leite
Agora fui
Kkkk tardão, aqui
Fuiiiii
Meus dedos estão cansados
Me falam sempre
Que vão fazer greve de te teclar.
Kkk tchau
Belos sonhos
Paz no coração
Do trem abanei
pela janela
se fui visto eu nem sei
foi a despedida mais
rápida já vivida
O trem se foi.
Segui a vida.
Eu sempre fui muito normal, é meu jeito de ser e a forma que quero levar a vida.
NO TUDO OU NO NADA ME ENCONTRARÃO
Já fui herói , já fui bandido, já fui servo , já fui Senhor, já fui adulto, já fui menino, já fui escravo (mentiras ou outras situações) e já fui doutor. Nessa vida onde todos dançam, sou vagalume na escuridão, mas me pergunto se você não sou eu? Como o mendigo no chão, sou a inveja que falta em ti ou a necessidade que finjo não ver, de face em face escondidas (diminuição) a doutores humildes, ou meu passado que escondi ou minha vontade de você não ser. Como escutar um aleijado em uma conversa (abaixar para ouvir) e um cego no seu esplendor (não sabe de onde vem a fé), sou o exemplo de quem já venceu, sou sua verdade de forma avessa, sou talvez teu livro de frente pra trás, sou nadadeira para depois ser asas, uns com colchões vazios (não têm nada) e outros com ninhos cheios (cheios de si). Sou essa parada na estação (encontro de realidades e reflexão), sou o melhor filme que você já assistiu (realidade da vida), sou calçadas para refúgios (proteção), sou mãos dadas de quem ficou sem apertar (ignorados, humilhados), sou o gigante, sim, dos "nãos", as costas para me bater, sou a pessoa reflexiva no chão esquentado com o sol de suas indignações, e ao mesmo tempo o levantar do meu olhar para outro sol em que meu sorriso indicava a direção. E mesmo na queda quando o perfume tentava sair do frasco, fugia para as plantas para relembrar, e meu sorriso, sorrindo de mim por dentro, já dizia que, por incrível que pareça, mesmo andando de muletas, meus pensamentos não paravam de sonhar. É apenas meus olhos olhando para a moeda (para não ser o coração), e no espelho do seu irmão, na verdade ou na enganação, na sua consciência hei de nos encontrar. Sou duas fés que se cruzam, eu sem poder caminhar e um drogado pegando minhas malas, fazendo fé mesmo sem saber o que é fé. E se eu lhe perguntasse se eu não tivesse fé pra arranjar o dinheiro, como te pagaria? E ele ainda assim me responderia: cada um com sua fé não precisa me pagar. Só entende quem passa e é preciso passar. E nessas malas já coloquei mais sorrisos e como o para-brisa do carro lhe perguntei: é você que está indo ou eu que estou ficando (quem tem mais fé)? Uns com sua loucura cega (que têm fé, os não ouvidos) e outros com sua cega loucura (pensam que são cheios da verdade). Quem foi mesmo quem matou Judas (consciência)? E se falar dos autistas, anjos de bom coração que não sabem mentir. Sou agora a velocidade da sua imaginação do bem, como o x da questão e o abraço e o calor para o coração. Não precisa olhar do alto, tu me engoles sem saber e mesmo com seu egoísmo me encontrar sem querer, e tu me compras com teu suor e me bebes para não sentir sede, e se diverte para descansar, queira onde queira ir. Não tem jeito, vai me encontrar: horas sou seu amigo e horas inimigo (me xinga), fugindo de mim, engatilhando como crianças (com dificuldades), na correria de um jovem (forte sem experiência) ou na vagareza do idoso (experiência e paciência). Sou o professor do menino, sou o doutor dos doutores, sou o futuro que tu plantarás para teus filhos, sou ao mesmo tempo a esperança pousada na planta e a borboleta que chega a nos visitar (beleza e leveza, asas de amor ao mundo), e como olhos arregalados ou sorrisos encantados. E nessa viagem sou como a bicicleta de quatro pedais e dois assentos, ocupada por uma pessoa, por cima da linha de pedestre, esperando a oportunidade de mais uma pessoa carregar. E no mundo de encontros e desencontros, em outros portos pode me encontrar. Hão de me encontrar mesmo nos corações de pedra, é sempre tempo de recomeçar. Não se demore onde não existe amor, deixe sarar, abrace mais, de um tempo, e volte a amar, mas entenda, aprenda e ensine na prática da generosidade, pois não há ninguém que não aprenda. E mesmo sendo o lápis quebrado ao meio no bolso, sou o verbo dessa escrita, sou a mente do escritor. Fui primeiro filho pra depois ser pai de muitos. Será que sou justo? Continuo sendo bom mesmo na face lisa ou cabeluda? O que muda só são as circunstâncias, pois Deus não muda. Quem é mesmo que te julga? Você existe para o outro, porque sou a união de você com o próximo, o que falta nele tem em você. Sejam felizes ao me encontrar.
Obra registrada e de autoria própria. Feita em 24/10/2024 quinta-feira às 23 h e 01 min. Neópolis/SE.
Fé de Encontro com o Axé
O dia em que fui à Umbanda foi um dia de encontro. Encontrei um sistema de crenças profundamente enraizado na cultura brasileira, erguido sobre pilares de caridade, humildade e amor. Ali, naquela roda que girava ao ritmo do sagrado, vi o sincretismo se manifestar de maneira harmoniosa, como flores de diferentes cores e fragrâncias em um mesmo campo. Todos os meus sentidos foram despertados. A adoração ali não era apenas uma experiência espiritual; tinha cheiro, gosto, ritmo e movimento. Uma fé com o toque de axé.
Deus ali transcende os nomes e, junto d’Ele, orixás e guias, tão próximos e benevolentes, desenham uma unidade misteriosa. Divindades se entrelaçam, criando uma tapeçaria vibrante de fé. Sob o olhar atento de santos e orixás, há um terreno comum, cada um representando facetas do divino. A Umbanda é inclusiva, uma fé que abraça a universalidade da busca espiritual.
Quando a gira começou, Iansã trouxe seus ventos, e senti a poeira subir como partículas de uma história que reverbera em nossos passos. Eu, testemunha respeitosa, tentava decifrar o significado daquele movimento que parecia maior do que os corpos que dançavam. Eles giravam — alguns em profunda conexão, outros em uma quietude contemplativa, mas todos entregues a algo que, como eles, eu ainda buscava compreender.
O ritmo se intensificou, como se a própria terra pulsasse sob os pés de quem dançava. Gritos e batuques se entrelaçaram em um ápice de energia, revelando algo que não se traduz, mas se sente. Não era um clímax de liberação, mas um convite ao entendimento profundo do que somos: seres que giram e se movem, talvez para não enfrentar o silêncio ou o vazio. Na Umbanda, compreendi que o movimento é mais do que deslocamento; é a vida que persiste, é axé, a energia sagrada que demanda renovação.
Junto deles, entendi que, na dança da vida, parar é perder a conexão. Cada movimento se torna a prova de que somos mais do que corpos; somos esperança que não descansa. E, quando o ritmo acalma, somos um com a roda, com o vento, com o mistério. Quem entende o axé sabe: é preciso continuar a girar. Só assim haverá renovação, pois é o movimento que traz a mudança, a melhora.
Fui traída,
jogada fora, esquecida,
mas nada disso me abalou.
Seus olhos dissimulados
nunca me enganaram.
Será que algum dia,
eu realmente te amei?
Já fui ateu e hoje sou racional e sábio; não sou um "revoltado" sem noção em relação ao que não posso mudar. Estou preocupado com minha metamorfose e em me transformar em um indivíduo humano melhor.
