Fugir de Si Mesmo

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O que me nutre é a esperança
(mesmo minúscula)




Há dias em que a mente para e o corpo permanece aceso — aceso de impossibilidade.
Penso com precisão cirúrgica, mas não atravesso o quarto.
O chuveiro vira montanha, o cabelo vira florestas que não domino,
a pia é um mapa de guerras que não escolhi lutar.
Abro a geladeira e nada combina com nada;
as panelas, como constelações desconhecidas, me olham de volta.


Eu sei o que fazer.
Eu só não consigo começar.


De fora, pedem senha: “Fala. Pede ajuda. Sorri.”
Quando falo, dizem que me exponho; quando calo, dizem que me escondo.
Se aceito convite, tenho medo de ser peso; se recuso, pareço descaso.
Não é orgulho. Não é ingratidão.
É que o corpo virou freio de mão num carro em descida.
E eu, para não atropelar ninguém, puxo mais forte — e paro.


Meu avô sussurra de um lugar antigo:
“Veja onde deposita a confiança.
O melhor amigo do seu melhor amigo… não é você.”
Aprendi a guardar as palavras para que não me devolvam em lâminas.
Mas guardar também dói — o silêncio incha, aperta, afoga.


Dentro, uma assembleia: anjos e demônios.
Os anjos falam baixo: “Respira. Existe um depois.”
Os demônios gritam com provas: a bagunça, o atraso, a lista de não feitos.
E eu, no meio, tentando não me perder dos dois.
Não são eles que me nutrem; se algo me sustenta, é outra coisa —
um fio de luz quase microscópico,
uma esperança que cabe entre a unha e a pele,
mas que ainda assim puxa o meu nome de volta para mim.


Às vezes olho para frente e só vejo um eco.
Não me reconheço no futuro que inventaram para eu caber.
A estrada é reta, sem desvios: seguir — arrastando ou não.
E, na beira da estrada, um abismo bonito demais.
O desejo de pular tem cores. A vista é linda.
Eu sei. Eu vejo.
Mas fico.
Fico pelo quase, pelo mínimo, pelo que ainda pode nascer do pó.


Há também a casa — esse espelho ampliado.
O acúmulo desenha no chão a cartografia da minha exaustão.
Cada objeto fora do lugar me aponta que falhei em existir.
E, ainda assim, entre a louça e o cansaço, às vezes encontro um gesto respirável:
um copo lavado.
Um fio de cabelo preso.
Uma toalha estendida como bandeira branca.
São pequenos tratados de paz com o dia.


Eu não sou o centro do mundo — e isso, por vezes, me salva.
Penso no outro antes de pedir.
Não quero ser fardo, não quero ser vitrine, não quero ser caso.
Mas também aprendi: quem quer ajudar, chega sem barulho,
senta no chão da minha sala, não corrige meus mapas,
e, se nada puder fazer, empresta o silêncio — aquele que não julga.


Escrevo para não me perder de mim.
Se um dia eu cair, que esta página seja pista: lutei mais do que pude.
Se eu ficar, que estas linhas sejam prova: a esperança, mesmo minúscula, ainda alimenta.
E se amanhã for só um pouquinho mais macio do que hoje,
já terá sido milagre suficiente.


Não prometo grandiosidades.
Prometo o próximo gesto possível:
abrir a janela;
encostar a testa no azulejo frio;
deixar a água tocar a nuca como quem batiza;
pentear um nó;
lavar um prato;
responder “talvez” a um convite;
aceitar um abraço que não pergunta nada.


Eu caminho dentro de uma fé tímida — às vezes vacilo, às vezes desacredito.
Olho para o céu e digo: “Se houver um Deus, que me veja quando eu não consigo.”
E quando não sinto nada, ainda assim repito — por teimosia, por pequena ousadia.


Se amanhã eu não chegar inteira, me perdoa.
Se eu chegar, celebra comigo esse quase invisível triunfo:
o fio de vida que atravessa a noite e acende um ponto no escuro.


No fim, é simples e é imenso:
o que me nutre é a esperança.
Por mais minúscula que seja.






Jorgeane Borges
06 de Setembro 2025

Mesmo quando eu não mais estiver aqui, lembre-se que me ouviu dizer; o quanto me importei...

Seu olhar me hipnotiza...Seu sorriso lindo me encanta, me atrai em admiração total a você mesmo quando não estamos juntos, porque fica gravado como na minha mente, meu coração se acelera quando te vejo, a emoção de te encontrar e tanta que não queria nunca que passasse...mais te sinto em mim mesmo longe, as vezes eu sonho acordado, penso ter ouvido sua voz, sinto seu cheiro.. corro pra ver se tem alguém chamado, mais não é ninguém...é só minha saudade, seu cheiro eu sinto porque esta gravado em mim seu suave perfume e eu o sinto o tempo toco comigo, as vezes pego as camisas que te abracei e fico deitado lembrando daquele momento, daquele abraço caloroso que só o seu é.. o calor do amor! Eu Amo Muito Você Minha Linda!

A vida parece mesmo injusta... às vezes apostamos nossas fichas na pessoa errada, esperamos amor de quem não pode nos dar, choramos por quem jamais deveríamos chorar, e esperamos mudanças de quem jamais vai mudar. Tomar decisões é a maior prova de maturidade, e há algumas decisões que nos cortam... Mas nessas horas somos como flores, que precisam ser podadas para tirar fora o que as impedem de crescer. Dói, mas é necessário. Vai doer, mas a vida segue.

A amizade verdadeira é aquela que, mesmo distante, você sabe que pode contar. É como um apoio que, mesmo que você não use, fica lá... guardadinho!

A presença que permanece


Há presenças que, mesmo ausentes,
seguem preenchendo.
Invadem uma vida de tal maneira que se tornam insubstituíveis.


E quando partem, deixam vazios tão profundos
que só a dimensão daquilo que um dia foram
poderia, novamente, preencher.

Eu não quero encontrar a pessoa certa, não, não mesmo.
Quero que ela seja toda errada, toda torta, que venha na hora errada, que entre pela janela ao invés da porta, que chegue em uma data qualquer e sem aviso prévio, que venha despreparada ou chegue atrasada, mas que aos poucos, não queira partir, não consiga ir embora.
Não quero que ela me ame assim que me veja, talvez até que não vá com a minha cara, que me ache de repente superficialmente chata ou antiquada, mas que entenda que gostar ou não de alguém é algo que só depende da convivência e do "se permitir" conhecer o outro.
Não quero que ela veja minhas qualidades de pronto, nem que me ache incrível no primeiro encontro caso eu lhe arranque suspiros, não, não quero, quero sim é que descubra aos poucos o melhor de mim.
Não quero que ela seja irresistível, daquelas pessoas que só de olhar dá vontade de engolir ou pôr no bolso, não isso não, eu quero é alguém a quem eu não queira resistir, com todas as coisas erradas e certas que ela possa ter.
Não quero que ela seja super interessante, quero que ela tenha manias e erros irreparáveis e tudo isso a torne antes de tudo singular.
Não quero a pessoa certa.
Quero a pessoa errada, que vá contra minha racionalidade, aos padrões da sociedade, aí sim, saberei que realmente é pra ser!

Amigo é um anjo que está sempre ao nosso lado. Mesmo que na distância. É aquele que compartilha nossas alegrias e minimiza nossas tristezas. É aquele que se cala nas horas certas e, dentro desse silêncio, nos diz tudo. É aquele que nos aceita, não pelo que temos, mas pelo que somos! Amigo é tudo!

Ela ainda acredita em contos de fadas,
mesmo depois de tantas desilusões.
Ela acredita que terá algum dia um final feliz ao lado de seu príncipe.
Deixem-na continuar a sonhar!
Não, não destruam seus sonhos.
Ela é apenas uma menina. (:

Viver e sobreviver

Viver é atravessar ausências, angústias e medos.
É transbordar, mesmo quando o peito já não comporta.
É refazer-se de tudo aquilo que dói, tentando curar-se.
Anestesiar-se para não sentir e, ainda assim, inevitavelmente continuar sentindo.

Fingir para si mesmo até que algo latente adormeça.
Mas há sentimentos que são feras em reclusão,
presas que não se deixam domar.
Às vezes é impossível conter.

Se você duvida de você mesmo, não vai encantar sua equipe nem o mercado. Isso não é necessariamente vaidade. É, antes de tudo, confiança.

Que eu nunca perca a vontade de viver, mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos, dolorosa. Que eu não perca a vontade de amar, mesmo sabendo que a pessoa que eu mais amo, pode não sentir o mesmo sentimento por mim. Que eu não perca a vontade de ser grande, mesmo sabendo que o mundo é pequeno.

Sertão é onde manda quem é forte, com as astúcias. Deus mesmo, quando vier, que venha armado!

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

E eu sou assim mesmo. Esse turbilhão que por onde passa leva tudo ao redor, leva porque não tem saída efusiva. Leva por incerteza. Leva só por levar um bocadinho ali, outro mais a frente... E assim a vida vai seguindo. Vai seguindo porque ninguém é de ferro, ninguém deixa tudo passar sem olhar pra trás, ninguém deixa de se arrepender – a não ser que esteja morto -, vai levando a vida, assim, na calmaria. Porque se tem pressa tudo estraga. Estraga porque a vida é só uma e tudo que é demais perde a graça. Eu me perco mesmo nesses meus desatinos, nesses meus repentinos, nesses meus cálculos de frieza constante – como se eu fosse algo definido – e constantemente digo a mim mesmo: “Não sei”. Não sei que hora ela liga e diz que volta, nem sei mesmo que horas eu volto amanhã, se estou pra amanhã, meu humor é mesmo assim, inconstante, tão inconstante que me faz ter ódio do que eu amo agora.




E não sei, não sei de novo, nem sei quando vou saber...

A amizade consigo mesmo é muito importante, porque sem ela não se pode ser amigo de ninguém no mundo.

Eleanor Roosevelt
MAGGIO, Rosalie. The Beacon Book of Quotations by Women (1992).

Tenho aprendido que, no que diz respeito a construção da minha felicidade, eu mesmo devo cuidar de assentar os tijolos, todos os dias.

Desculpa a minha indiferença
não é por mal
sou assim e mesmo que tentasse mudar não conseguiria

Não pense que eu planejo as coisas
fica tudo errado por conta própria

Não me pergunte porque sou tão sozinha
as coisas ficam melhor assim
Não quero que tenha pena de mim
também não tente me ajudar
você só ira afundar junto- e eu me sentiria mal com essa culpa
é só o meu jeito de viver a situação

Sou confusão e gritaria, e ao mesmo tempo, todo o silêncio do mundo. Sou a ansiedade de um desejo sendo realizado, e o medo incontrolável de tudo dar errado – de novo. Sou a preguiça de um domingo a tarde, e a euforia de uma sexta a noite. Sou a vontade de abrir a geladeira, e angustia de ter engordado. Sou um doce sorriso, e uma lágrima quase salgada. Sou uma canção de amor cantada por alguém desafinado. Consegue ouvir?
Sou o que sou agora mas às vezes me pego pensando no passado, e vejo o quanto mudei. O quanto eu fui, e o quanto dexei de ser. E vejo nas marcas deixadas pela parede, tudo que hoje mais odeio em alguém. O destino me deixou do avesso, e agora não sei se é mesmo eu quem estou errada. Deve ser.

Mesmo no crente que está mais próximo do céu existe combustível suficiente para acender outro inferno, se Deus tão somente permitisse que uma chama caísse sobre ele. Alguns crentes parecem que nunca descobrem isto. Eu quase desejo que eles nunca o descubram, pois esta é uma descoberta dolorosa para qualquer um fazer; mas ela tem o efeito benéfico de fazer que paremos de confiar em nós mesmos e de nos levar a nos gloriarmos somente no Senhor.

Seja você mesmo e faça a diferença.

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