Frases Reciclagem do Papel
E o ano assim termina,
outra vez, afoito, que a vida promove.
É o tempo em sua sina.
Que seja então, e do bem se prove...
O novo floresce, o velho declina.
Vai-se 2018, vem-se 2019!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
28 de dezembro, 2018
O dia é como bolha de sabão, linda majestosa colorida, se não apreciar com celeridade, estoura... E já passou!
Luciano Spagnol
poeta do cerrado
cerrado goiano
noite
a sinfonia da noite
cai sobre o cerrado
a alma neste açoite
é retiro amordaçado
é silêncio em seresta
a solidão num gorjeado
e a quimera numa fresta
a noite cerrando o cerrado
Luciano Spagnol
a fragilidade da paixão
ela é como bolha de sabão
que não se pode dominar
é o vento a soprar
é o verão no coração
vício na respiração
ar
doce remédio a envenenar
cura e turbilhão
substância pro tédio:
emoção, pré amor, assédio...
Luciano Spagnol
Cadência
No pêndulo
Do relógio
Fique e vai
Vai e fique
A hora o tempo atrai
Pra brincar de pique...
Luciano Spagnol
O solitário,
pasmo da descoberta
conduziu-se de poeta
e, tentou salvar
a sua solidão.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
10/06/2019
Cerrado goiano
Paráfrase Sérgio Santal
Como quisesse erudito ser, poetando
As brancas paginas da imaginação
As quimeras, vestidas de inspiração
Inventaram asas e partiram voando
Tudo longe, tudo vazio, tudo sem encanto
do teu canto, teu olhar, no peito no entanto
que se põe a suspirar... as tuas lembranças!
Tudo tão longe, tão grande, tão emudecido
aqui neste gemido em sofrido alarido...
Me ponho ao vento por ti clamar:
- como é bom poder te amar!
Ora (direis) ser quem sou! Exato.
Me perdi no caminho, me achei, no entanto
A cada passo, erro e acerto, vários o relato
Vou andando, o atrás se desfez por encanto
Despercebido
o céu azulado, agigantado
maravilha, o chão desfalecido
no cerrado...
com nuvens, algodoadas
encantado!
e estrelas estacadas
o sertão do cerrado...
na esplanada.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
18 de setembro de 2019
Araguari, Triângulo Mineiro.
dor
escrevo com lágrima
este verso sofredor
de rima sem estima
de pancada e temor
e essa enzima
de um eterno amador
é um gemido, avena
num poema sem cor
onde chora minha pena!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
18 de setembro de 2019
Araguari, Triângulo Mineiro
reflexo
eu te olho, tu reflete
fico acuado, tu sem nexo
olhar mudo, de canivete
tu espelho, eu perplexo...
© LucianoSpagnol
poeta do cerrado
quinta feira, 19, 2019
Araguari, Triângulo Mineiro
bendição
o chão molhado
de um perfume ímpar
no sertão do cerrado
exala por todo o ar
o cheiro sagrado...
chove chuva, é salutar!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
25/09/2019
Araguari, Triângulo Mineiro
poemas
certos poemas
entram pela imaginação
e são como as emas
no cerrado. ciscam... ciscam
espalhando alguns temas...
e tão cheios de ilusão!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2019, setembro
Araguari, Triângulo Mineiro
idas e vindas
o díssono fado
de secura e chuvarada
fustigado
hora aguado
outra ressequido, cilada
escanifrado
no seu descompassado
de claridade dourada
celebrado
minha morada...
cerrado!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2019, setembro
Araguari, Triângulo Mineiro
divagar
dentro do cerrado
criava a felicidade
escancarava a poesia
inventava banalidade
e ia ao mundo da fantasia
hoje a realidade!
sem divagar...
vou devagar!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
setembro de 2019
Araguari, Triângulo Mineiro
BOCA DA NOITE
na boca da noite, calar-se
o cerrado se cafua
o sol fustigado
a lua nua
o céu estrelado...
Anoitece, e o dia recua.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
FIM DO ANO
E o número assim termina
outra vez, cada vez mais voraz
É o tempo em sua sina
Que seja, então, mais eficaz
O novo floresce, o velho declina
Vai-se mais um, vem-se outro atrás...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Dezembro 2017
Cerrado goiano