Frases Paisagem de Fernando Pessoa

O que hoje é drama, sempre, amanhã estará quieto na memória.

São incontroláveis os sonhos de agosto: se bons deixam a vontade impossível de morar neles; se maus, fica a suspeita de sinistros augúrios, premonições.

Ele me dá vontade de viver (…)
Ele me dá vontade de cantar, de rir, de ser feliz!
Me dá força, me dá fé.

Mas sempre me pergunto por que, raios, a gente tem que partir. Voltar, depois, quase impossível.

Divida essa sua juventude estúpida com a gatinha ali do lado, meu bem. Eu vou embora...

No Brasil, como se sabe, o verdadeiro dia primeiro de janeiro é a quarta-feira de cinzas - à tarde.

Não se preocupe com os problemas. Eles que se preocupem com a gente. Olhe nos olhos e pise firme. Erga a cabeça.

Não lembro de ninguém assim tão à flor de si mesmo.

Me mostre que por você vale a pena lutar.

Eu quero um colo, um berço, um braço quente em torno ao meu pescoço, uma voz que cante baixo e pareça querer me fazer chorar. Eu quero um calor no inverno, um extravio morno de minha consciência e depois sem som, um sonho calmo, um espaço enorme, como a lua rodando entre as estrelas.

Vou dizendo leve, (...) vou dizendo louco (...) e vou dizendo longo sem pausa — gosto muito de você gosto muito de você gosto muito de você.

Ando muito esgotado, durmo só umas cinco horas por noite (logo eu, que se pudesse dormia umas 20), andei também ruim do coração...

Amo cada detalhe seu, simplesmente por ser seu...

QUEM SABE?

O corpo e a mente
têm biografias separadas,
cada um sua memória própria,
seu próprio jogo de charadas,
Meu corpo tem lembranças
- cheiros, tiques, andanças -
que a mente não registrou
e o corpo não tem as marcas
de metade do que a mente passou

“Lutar em segredo, fechado no quarto, sem que ninguém saiba. Para os outros, mostrar só o melhor de si, a face mais luminosa.”

Caio Fernando Abreu

Acendi alguns incensos.

Mais alguns cigarros.

Li aquele depoimento seu.

Li também a sua foto.

Chorei um pouco.

Depois sorri e adormeci.

Eu não fui o culpado do seu descaso, eu te dei flores e você me devolveu espinhos.

...e então eu disse que sim, que estava disposto, que eu teceria. Que eu teço.

Eu não procurei, não insisti. Contive tudo dentro de mim até que houvesse um movimento qualquer de aceitação. Quando houve cedi.

Eu ia sentir uma baita falta dele. Mas eu disse que não, eu disse depressa que não.