Frases Paisagem de Fernando Pessoa

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Basta pensar em sentir
Para sentir em pensar

Senhor!torna me puro como a água e alto como o céu.

Tinha-me levantado cedo e tardava em preparar-me para existir.

“Acho que só para ouvir passar o vento vale a pena ter nascido.”

O sentir é um pensar extravagante.

Navegar é preciso; viver não é preciso.
Quero para mim o espírito [d]esta frase,
transformada a forma para a casar como eu sou:
Viver não é necessário; o que é necessário é criar.

A impossibilidade de tudo quanto eu nem chego a sonhar

Que idéia tenho eu das cousas?
Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos?
Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma
E sobre a criação do Mundo?
Não sei. Para mim pensar nisso é fechar os olhos
Enão pensar. É correr as cortinas
Da minha janela (mas ela não tem cortinas).

O essencial da arte é exprimir; o que se exprime não interessa.

Que suave é o ar!
Como parece
Que tudo é bom na vida que há!
Assim meu coração pudesse
Sentir essa certeza já.
Mas não; ou seja a selva escura
Ou seja um Dante mais diverso,
A alma é literatura
E tudo acaba em nada e verso.

Teus medos tinham coral e praias e arvoredos.

O Mundo não se fez para pensarmos nele, mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...

Sinto-me nascido a cada momento para a eterna novidade do mundo...

Sou metade sonânbulo e outra parte nada

Exprimir é sempre errar.

"Tudo quanto vive, vive porque muda; muda porque passa; e, porque passa, morre. Tudo quanto vive perpetuamente se torna outra coisa, constantemente se nega, se furta à vida."

Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
Á parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Janelas do meu quarto, ...
...Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente, para uma rua inacessível a todos os pensamentos, Real...

Façamos da interrupção um caminho novo.
Da queda um passo de dança,
do medo uma escada,
do sonho uma ponte, da procura um encontro!

O diabo desta vida é que entre cem caminhos temos que escolher apenas um, e viver com a nostalgia dos outros noventa e nove.

Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar.

Fernando Birri
GALEANO, Eduardo. As palavras andantes. Porto Alegre: L&PM, 1994.