Frases de Machado de Assis

Cerca de 462 frases de Machado de Assis

Quando a suspeita germina na alma, o menor incidente assume um aspecto decisivo.

Machado de Assis
Helena (1876).

Eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor.

Machado de Assis
Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881).

A um coração desenganado não há imediatamente compensações possíveis nem eficazes consolações.

Machado de Assis
Ressurreição (1872).

Uma lágrima brotou-lhe dos olhos, quente de todo o calor de uma alma apaixonada e sensível; brotou, deslizou-se e foi cair no papel.

Ora, como tudo cansa, esta monotonia acabou por exaurir-me também.

Machado de Assis
Dom Casmurro (1899).

A franqueza é a primeira virtude de um defunto. Na vida, o olhar da opinião, o contraste dos interesses, a luta das cobiças obrigam a gente a calar os trapos velhos, a disfarçar os rasgões e os remendos, a não estender ao mundo as revelações que faz à consciência

Machado de Assis
Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Typografia Nacional, 1881.

Tenha ânimo, e tudo se há de arranjar.

Machado de Assis
A Mão e a Luva (1874).

Caso sinta em si algum afeto, não o sufoque; deixe-se ir com ele.

Machado de Assis
Helena (1876).

Tentou refugiar-se no sono. O sono rejeitou-o de si.

Machado de Assis
Iaiá Garcia (1878).

A velhice ridícula é, porventura, a mais triste e derradeira surpresa da natureza humana.

Machado de Assis
Memórias póstumas de Brás Cubas (1881).

Havia ali a massa de um homem futuro, à espera que os anos, cuja ação é lenta, oportuna e inevitável, lhe dessem flacidez ao caráter e virilidade à razão.

Machado de Assis
Iaiá Garcia

Há no amor um gérmen de ódio que pode vir a desenvolver-se depois.

Machado de Assis
A Mão e a Luva (1874).

A fidelidade aos amigos era antes resultado do costume que da consistência dos afetos.

Machado de Assis
Helena (1876).

Curiosidade e gratidão; – veja se há duas asas mais próprias para arrojar uma alma no seio de outra alma, – ou de um abismo, que é às vezes a mesma coisa.

Machado de Assis
A Mão e a Luva (1874).

O casamento não é uma solução, é um ponto de partida.

Machado de Assis
Helena (1876).

A impunidade é o colchão dos tempos; dormem-se aí sonos deleitosos. Casos há em que se podem roubar milhares de contos de réis... e acordar com eles na mão.

Machado de Assis
Gazeta de Notícias, 17 maio 1896.

Não transmiti a nenhuma criatura o legado de nossa miséria.

Machado de Assis
Memórias póstumas de Brás Cubas (1881).

Dê um pouco de poesia à vida, mas não caia no romanesco; o romanesco é pérfido.

Machado de Assis
Iaiá Garcia (1878).

Os corações discretos são raros; a maioria não é de gaviões brancos que, ainda feridos, voam calados, como diz a trova; a maioria é das pegas, que contam tudo ou quase tudo.

Machado de Assis
Iaiá Garcia (1878).

Reflete que os movimentos do coração não estão nas mãos da vontade.

Machado de Assis
A Mão e a Luva (1874).