Frases de Paulo Coelho Veronika Decide Morrer

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Patos selvagens.
Por que iriam dois para o norte
E dois para o sul?

A velha ponte -
No pó ajuntado entre as tábuas,
Brota o capim.

A princípio: "O que é aquilo?",
Mas depois...
"Campos de arroz!"

Ruído de chinelos
No quintal do lado -
Mas que calor...

Choveu há pouco -
O sol baixa das nuvens
Finas cortinas de névoa.

Crescem mais pêlos
Nas minhas orelhas -
Mais um ano chega ao fim...

Porque não sabemos o nome
Tenho de exclamar apenas:
"Quantas flores amarelas!"

Acordo molhado de suor -
O sonho do banho
No tanque do quintal!

Sempre do mesmo lado,
O dia todo e a noite inteira,
O vento da montanha.

Mesmo o velho eucalipto
Parece feliz -
Névoa da manhã.

Casebres todos pintados
Na fazenda Cambuí -
Como é bom estar aqui!

Em Cuiabá
Suando e matando mosquitos,
Que cruel zazen!

O chofer de táxi -
Meu pai também, nos dias quentes,
Assobiava assim.

Entre as antenas
E as casas todas iguais -
Quaresmeiras!

No terreno baldio
Ainda cheias de orvalho,
Campânulas!

Até os pernilongos
Vão ficando silenciosos -
Como os anos passam...

Quanto à beleza, pelo menos sabemos que acaba por morrer, e por isso, sabemos que existe.

De nada serve morrer: é preciso morrer na devida altura.

Lembra-te de que os teus inimigos hão-de morrer.

Chegar à morte sem ter pensado sobre o destino humano é morrer como um cão.