Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
Nota: Trecho do conto Felicidade clandestina.
...Mais
2 compartilhamentos
Minha grande altivez: prefiro ser achada na rua. Do que neste fictício palácio onde não me acharão porque – porque mando dizer que não estou, “ela acabou de sair”.
Abro bem os olhos, e não adianta: apenas vejo. Mas o segredo, este não vejo nem sinto. A eletrola está quebrada e não viver com música é trair a condição humana que é cercada de música. Aliás, música é uma abstração do pensamento.
Nota: Trecho de carta para Fernando Sabino, escrita em 19 de junho de 1946.
...Mais
1 compartilhamento
Ia me fazer muito bem abrir afinal meu coração e mostrar afinal a alguém que fechasse os olhos e não ouvisse, que horror pode se guardar numa pessoa. A solidão de que sempre precisei é ao mesmo tempo inteiramente insuportável.
Nota: Trecho de carta para Fernando Sabino, escrita em 27 de julho de 1946.
...Mais
2 compartilhamentos
Tem certas coisas que é melhor que a gente nunca tenha oportunidade de dizer, certas coisas que ficam fatais depois que se disse, e antes pelo menos era a vida de um modo geral.
Nota: Trecho de carta para Fernando Sabino, escrita em 24 de janeiro de 1957.
...Mais
2 compartilhamentos
É porque ainda não sou eu mesma, e então o castigo é amar um mundo que não é ele. É também porque eu me ofendo à toa. É porque talvez eu precise que me digam com brutalidade, pois sou muito teimosa.