Frases de Mulheres

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Não me posso resumir porque não se pode somar uma cadeira e duas maçãs. Eu sou uma cadeira e duas maçãs. E não me somo.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.

E ninguém é eu. Ninguém é você. Esta é a solidão.

Clarice Lispector
LISPECTOR, C. Água Viva. Rio de Janeiro: Editora Rocco. 1973.

Estou aqui de vez em quando muito delicada, me interessam principalmente flores e passarinhos.

Clarice Lispector
Correspondências. Rio de Janeiro: Rocco, 2002.

Nota: Trecho de carta para Lúcio Cardoso, escrita em 1944.

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A virgem em todas as mulheres

Toda mulher, ao saber que está grávida, leva a mão à garganta: ela sabe que dará à luz um ser que seguirá forçosamente o caminho de Cristo, caindo na sua via muitas vezes sob o peso da cruz. Não há como escapar.

Clarice Lispector
Todas as crônicas. Rio de Janeiro: Rocco, 2018.

Sua sensibilidade incomodava sem ser dolorosa, como uma unha quebradiça.

Clarice Lispector

Nota: Trecho do livro "Laços de Família", de Clarice Lispector.

Por caminhos tortos, viera a cair num destino de mulher, com a surpresa de nele caber como se o tivesse inventado.

Clarice Lispector
LISPECTOR, C. Laços de Família: Contos. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Eu vou ter tanta saudade de mim quando morrer.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Naquele carnaval, pois, pela primeira vez na vida eu teria o que sempre quisera: ia ser outra que não eu mesma.

Clarice Lispector
Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Eu também não sei não pensar. Acontece sem esforço. Só é difícil quando procuro obter essa escuridão silenciosa. Quando estou distraído, caio na sombra e no oco e no doce macio nada-de-mim.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1978.

O tempo não existe. O que chamamos de tempo é o movimento de evolução das coisas, mas o tempo em si não existe. Ou existe imutável e nele nos transladamos.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Tenho visto pessoas demais, falado demais, dito mentiras, tenho sido muito gentil.

Clarice Lispector
Correspondências. Rio de Janeiro: Rocco, 2002.

Nota: Trecho de carta para Elisa e Tania Kaufmann, escrita em janeiro de 1947.

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Eu não sou uma sonhadora. Só devaneio para alcançar a realidade.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Como é bom o instante de precisar que antecede o instante de se ter.

Clarice Lispector
Todas as crônicas. Rio de Janeiro: Rocco, 2018.

Nota: Trecho da crônica Fartura e carência.

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Andar na escuridão completa à procura de nós mesmos é o que fazemos.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.

O verão está instalado no meu coração.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Conversa descontraída: 1972.

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E eu não aguento a resignação. Ah, como devoro com fome e prazer a revolta.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica As crianças chatas.

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Mas eu sou uma chata que parece viver com medo de dizer as coisas claramente.

Clarice Lispector
Todas as cartas. Rio de Janeiro: Rocco, 2020.

Nota: Trecho de carta para Tania Kaufmann, escrita em 5 de novembro de 1948.

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Criar sim, mentir não. Criar não é imaginação, é correr o grande risco de se ter a realidade.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Mas não há paixão sofrida em dor e amor a que não se siga uma aleluia.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Quando de noite ele me chamar para a atração do inferno, irei. Desço como um gato pelos telhados. Ninguém sabe, ninguém vê. Só os cães ladram pressentindo o sobrenatural.

Clarice Lispector
Onde estivestes de noite. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Nota: Trecho do conto Estudo do cavalo demoníaco.

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