Frases de Mario Quintana Flor

Mãe...
Palavra tão pequenina,
Bem sabem os lábios meus
Que és do tamanho do céu
E apenas menor que Deus

Que esta minha amada paz e este meu
amado silêncio
Não iludam a ninguém
Não é a paz de uma cidade
bombardeada e deserta
Nem tampouco a paz compulsoria
dos cemitérios
Em mim, na minha alma,
Pressinto que vou ter um terremoto

“As pessoas não se precisam, elas se completam… não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida. O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você.”

Mãe, são três letras apenas as deste nome bendito
Também o céu tem três letras e nelas cabe o infinito.

Eu me esqueci no armário.
Pensei estar vivendo,
estudando, trabalhando, sendo!
Pensei ter amado e odiado,
aprendido e ensinado,
fugido e lutado,
confundido e explicado.
Mas hoje, surpreso,
me vi no armário embutido
calado, sozinho, perdido, parado.

Crimes passionais

Os verdadeiros crimes passionais são os sonetos de amor.

Há duas espécies de livros: uns que os leitores esgotam, outros que esgotam os leitores.

Como é ridículo o amor... alheio!

Um lugar só é bom quando a gente pode fugir para outro lugar.

A vida é um tempo.

Família desencontrada

O verão é um senhor gordo sentado na varanda reclamando cerveja. O inverno é o vovozinho tiritante. O outono, um tio solteirão. A primavera, em compensação, é uma menina pulando corda.

Um bom poema não é aquele que você lê, é aquele que lê você.

Nada se perde, tudo muda de dono.

Mas quando surges és tão outra,
e múltipla e imprevista...
que nunca te pareces com o teu retrato!
E eu tenho de fechar meus olhos,
para ver-te!

Das ilusões
Meu saco de ilusões, bem cheio tive-o.
Com ele ia subindo a ladeira da vida.
E, no entretanto, após cada ilusão perdida...
Que extraordinária sensação de alívio!

Louco é quem não procura ser feliz.

(...) até que um dia, por astúcia ou acaso, depois de quase todos os enganos, ela descobriu a porta do labirinto. (...) nada de ir tateando os muros como um cego. Nada de muros. Seus passos tinham - enfim! – a liberdade de traçar seus próprios labirintos.

Coexistência pacífica

Amai-vos uns aos outros é muito forte para nós: o mais que podemos fazer, dentro da imperfeição humana, é suportarmo-nos uns aos outros.

O cotidiano é o icógnito do mistério.

O Destino é o acaso atacado de mania de grandeza.