Frases de grandes autores que inspiram grandes ideias

A morte é a libertação total: a morte é quando a gente pode, afinal, estar deitado de sapatos...

Mario Quintana
Libertação. In: A vaca e o hipogrifo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.

Quando te vi, amei-te já muito antes.
Tornei a achar-te quando te encontrei.
Nasci pra ti antes de haver o mundo.
Não há coisa feliz ou hora alegre
Que eu tenha tido pela vida fora,
Que não o fosse porque te previa,
Porque dormias nela tu futuro.

Fernando Pessoa
Fausto – Tragédia Subjectiva. Lisboa: Presença, 1988.

Nota: Trecho do poema MARIA: Amo como o amor ama.

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O mundo é tão bonito e eu tenho tanta pena de morrer.

Arte de Fumar
Desconfia dos que não fumam:
esses não têm vida interior, não tem sentimentos.
O cigarro é uma maneira sutil, e disfarçada de suspirar.

O verdadeiro analfabeto é aquele que sabe ler, mas não lê.

Ela sentia falta de encontrar-se consigo mesma e sofrer um pouco é um encontro.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Se uma pessoa perguntar durante meia hora a palavra "eu", essa pessoa se esquece quem é. Outras podem enlouquecer. É mais seguro não fazer jamais perguntas – porque nunca se atinge o âmago de uma resposta. E porque a resposta traz em si outra pergunta.

Clarice Lispector
Borelli, Olga. Clarice Lispector: esboço para um possível retrato. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981.
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Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade.

Clarice Lispector
Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Nota: Trecho do conto Felicidade clandestina.

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Amizade

Quando o silêncio a dois não se torna incômodo.

Mario Quintana
Caderno H. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013.

Só uma coisa a favor de mim eu posso dizer: nunca feri de propósito. E também me dói quando percebo que feri. Mas tantos defeitos tenho. Sou inquieta, ciumenta, áspera, desesperançosa. Embora amor dentro de mim eu tenha.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Deus.

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Por que é que um cão é tão livre? Porque ele é o mistério vivo que não se indaga.

Clarice Lispector
Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

A vida não é de se brincar porque em pleno dia se morre.

Clarice Lispector
Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Quem tem alma não tem calma.

De repente as coisas não precisam mais fazer sentido. Satisfaço-me em ser. Tu és? Tenho certeza que sim. O não sentido das coisas me faz ter um sorriso de complacência. De certo tudo deve estar sendo o que é.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

O medo me leva ao perigo. E tudo que eu amo é arriscado.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Nos primeiros começos de Brasília.

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Dá-me a tua mão desconhecida, que a vida está me doendo, e não sei como falar – a realidade é delicada demais, só a realidade é delicada, minha irrealidade e minha imaginação são mais pesadas.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

O assunto

E nunca me perguntes o assunto de um poema: um poema sempre fala de outra coisa.

Mario Quintana
Caderno H. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013.

O talento ou acaso não escolhem, para manisfestar-se, nem dias nem lugares.

A leitura é, provavelmente, uma outra maneira de estar em um lugar.

O óbvio é a verdade mais difícil de se enxergar.

Clarice Lispector
Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.