Frases de Fernando Pessoa sobre Vazio

E amar muito, quando é permitido, deveria modificar uma vida...

— Será? Tem coisas, tem coisas que ele escreve que parecem. Não sei, parecem verdade, entende? Ele me toca, mexe comigo. Talvez eu esteja assim todo lisonjeado porque alguém parece prestar tanta atenção em mim.

A vida é agora, aprende!

Talvez eu só precise de férias, um porre e um novo amor. Porque no fundo eu sei que a realidade que eu sonhava afundou num copo de cachaça e virou utopia.

Aqui só existe o bem. Se você me deseja o mal, eu te desejo o amor.

E para os amores impossíveis: tempo.

Não vou dizer que é fácil e que nunca deu vontade de desistir, mas vale muito mais a pena continuar.

Estou dum jeito que me afastei muito de tudo e ir até a esquina às vezes é uma aventura.

E se eu mudasse meu destino num passe de mágica? (...) Estranho, mas é sempre como se houvesse por trás do livre-arbítrio um roteiro fixo, pré-determinado, que não pode ser violado.

Desculpe tanta sede, tanta insatisfação. Amanhã, amanhã recomeço. Te espero, te gosto, te beijo.

E te imagino em poses e sorrisos, voz grave e cabelos desgrenhados, preso nas minhas fantasias mais loucas e movimentadas.

Agora está passando: um band-aid no coração, um sorriso nos lábios – e tudo bem. Ou: que se há de fazer.

Que me desperte com um beijo, abra a janela para o sol ou a penumbra. Tanto faz, e sem dizer nada me diga o tempo inteiro alguma coisa (...) quero adoçar tua vida.

A solidão às vezes é tão nítida como uma companhia. Vou me adequando, vou me amoldando. Nem sempre é horrível. Às vezes é até bem mansinha. Mas sinto tão estranhamente que o amor acabou.(...) Repito sempre: sossega, sossega - o amor não é para o teu bico.

E da próxima vez que a gente se encontrar, vou pedir para o relógio do mundo dar uma paradinha, só pra esticar esse tempo de abraço que fez meu coração pulsar de um jeito que jamais nenhum outro fará.

Já não sou o mesmo, como você também não é. Endureci um pouco, desacreditei muito das coisas, sobretudo das pessoas e suas boas intenções.

Trata-se de uma decepção diferente: não tenho ódio nem vontade de chorar.

É necessário o escuro porque dele brota a luz...

Continuo a pensar que quando tudo parece sem saída, sempre se pode cantar.
Por essa razão escrevo.

Devia ser sábado, passava da meia-noite. Ele sorriu para mim. E perguntou:
- Você vai para a Liberdade?
- Não, eu vou para o Paraíso.
Ele sentou-se ao meu lado. E disse:
- Então eu vou com você.