Frases de Fernando Pessoa Porta Aberta
A humanidade não consegue, por ignorância à essência divina, interpretar as suas próprias dores, as dores dos outros e as dores que indicam mensagens universais.
No fundo da alma, quando a satisfação é individualizada ela provoca a vivência do engano, do falso prazer, do momento e de atos de paixão. Paixão, esse conteúdo que se manifesta, precisa ser compreendido como escravizar-se por vontade própria.
A humanidade em sua infinita busca pelo poder sobre a vida criou os analgésicos. Medicamentos que burlam a natureza e fantasiam a experiência humana quando essa deveria compreender a dor em sua essência. A química foi capaz de burlar os sentidos e agir sobre as dores da humanidade.
A humanidade é uma criança, em sua primeira infância, que embora tenha as peças para brincar, demora para aprender.
A existência parece insistir em ações isoladas, cada qual em seu casulo morto, acreditando que do seco brotará esperança e vida.
O tempo é de consciência coletiva para melhoramento e amparo do espírito. A dor que lateja é um aviso e convite para melhoramento. A lágrima que cai individualizada convida a chuva a mostrar o sal da Terra.
A consciência humana é formada por memórias e emoções, imagens e criações. Essa permanência inorgânica, que habita o corpo, mas o anima, é a potência da alma.
O indivíduo, como objeto político de uma sociedade, se educa como um ser individualizado cuja responsabilidade sobre o outro se torna quase inexistente. A regra é, quase sempre, o meu prazer.
Judas é a metáfora da relação íntima cuja imoralidade implica no rompimento da certeza. Judas participou da ceia e depois traiu Jesus.
Quando me reerguer a dor terá me ensinado a ser muito mais forte. E essa força que vem da dor tira da gente qualquer medo.
