Frases de Escritores Brasileiros

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Mas há a vida que é para ser intensamente vivida. Há o amor. Que tem que ser vivido até a última gota. Sem nenhum medo. Não mata.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

– Ela é tão livre que um dia será presa.
– Presa por quê?
– Por excesso de liberdade.
– Mas essa liberdade é inocente?
– É. Até mesmo ingênua.
– Então por que a prisão?
– Porque a liberdade ofende.

Clarice Lispector
Um Sopro de Vida (Pulsações). Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1978.

Repito por pura alegria de viver: a salvação é pelo risco, sem o qual a vida não vale a pena!

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro, Rocco, 1999

Minhas desequilibradas palavras são o luxo de meu silêncio.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.

Respeite mesmo o que é ruim em você – respeite sobretudo o que imagina que é ruim em você. (...) Não copie uma pessoa ideal, copie você mesma – é esse o único meio de viver.

Clarice Lispector
MONTERO, Teresa (org.). Correspondências. Rio de Janeiro: Rocco, 2002.

Nota: Trecho de carta escrita a Tania Kaufmann, em 6 de janeiro de 1948.

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Acordei hoje com tal nostalgia de ser feliz. Eu nunca fui livre na minha vida inteira. Por dentro eu sempre me persegui. Eu me tornei intolerável para mim mesma. Vivo numa dualidade dilacerante. Eu tenho uma aparente liberdade mas estou presa dentro de mim.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Divertir os outros é um dos modos mais emocionantes de existir.

Clarice Lispector
A maçã no escuro. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Por enquanto estou inventando a tua presença.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

O que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesma.

Clarice Lispector
MONTERO, Teresa (org.). Correspondências. Rio de Janeiro: Rocco, 2002.

Nota: Trecho de carta escrita a Tania Kaufmann, em 6 de janeiro de 1948.

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Mas chegará o instante em que me darás a mão,
não mais por solidão, mas como eu agora:
por amor.

Clarice Lispector
A paixão segundo G.H. Rio de Janeiro: Rocco, 2009.

Eu não: quero é uma realidade inventada.

Clarice Lispector
Água Viva. Rio de Janeiro: Rocco. 1998.

Nota: Trecho adaptado de outro pensamento.

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Não, é que vivo em eterna mutação, com novas adaptações a meu renovado viver e nunca chego ao fim de cada um dos modos de existir. Vivo de esboços não acabados e vacilantes. Mas equilibro-me como posso, entre mim e eu, entre mim e os homens, entre mim e o Deus.

Clarice Lispector
LISPECTOR, C. Um Sopro de Vida (Pulsações) . Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira. 3ª edição. 1978
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Ouve-me, ouve o meu silêncio. O que falo nunca é o que falo e sim outra coisa. (...) Capta essa outra coisa de que na verdade falo porque eu mesma não posso.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.

"Eu te odeio", disse ela para um homem cujo crime único era o de não amá-la. "Eu te odeio", disse muito apressada. Mas não sabia sequer como se fazia. Como cavar na terra até encontrar a água negra, como abrir passagem na terra dura e chegar jamais a si mesma?

Clarice Lispector
LISPECTOR, C. Laços de Família. Rio de Janeiro: Rocco. 1998

Às vezes me dá enjoo de gente. Depois passa e fico de novo toda curiosa e atenta. E é só.

Clarice Lispector
A via crucis do corpo. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.

Clarice Lispector

Nota: Trecho citado por Anna Maria Knobel em "Moreno Em Ato", atribuído a Clarice Lispector.

Corro perigo
Como toda pessoa que vive
E a única coisa que me espera
É exatamente o inesperado

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

O que me mata é o cotidiano. Eu queria só exceções.

Clarice Lispector
Um sopro de vida (Pulsações). Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Agora preciso de tua mão, não para que eu não tenha medo, mas para que tu não tenhas medo. Sei que acreditar em tudo isso será, no começo, a tua grande solidão. Mas chegará o instante em que me darás a mão, não mais por solidão, mas como eu agora: por amor.

Clarice Lispector
A paixão segundo G.H. Rio de Janeiro: Rocco, 2009.

Mas tantos defeitos tenho. Sou inquieta, ciumenta, áspera, desesperançosa. Embora amor dentro de mim eu tenha. Só que não sei usar amor: às vezes parecem farpas.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Deus.

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