Frases de Escritores

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Se algum dia alguém deixasse de me achar ridículo, eu entristecia ao conhecer-me, por esse sinal objectivo, em decadência mental.

Fernando Pessoa
Aforismos e afins. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.

A coragem que vence o medo tem mais elementos de grandeza que aquela que o não tem. Uma começa interiormente; outra é puramente exterior. A última faz frente ao perigo; a primeira faz frente, antes de tudo, ao próprio temor dentro da sua alma.

Fernando Pessoa
Aforismos e afins. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.

O pensamento ainda é a melhor maneira de fugir ao pensamento.

As ideias são prodigiosas — elas e a maneira como se associam. Num momento, descobrimos que atravessámos o mundo, e que transpusemos o infinito entre dois pensamentos.

Quem escreve para obter o supérfluo como se escrevesse para obter o necessário, escreve ainda pior do que se para obter apenas o necessário escrevesse.

Fernando Pessoa
Aforismos e afins. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.

Quando te vi amava-te já muito antes

Passa , ave, passa,
E ensina-me a passar.

Escureceu tudo... caio por um abismo feito de tempo...

Toda beleza é um sonho, ainda que exista. Porque a beleza é sempre mais do que é.

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.

“Como não te sonhar?”

Tudo vale a pena

Dizem que as flores são todas
Palavras que a terra diz.
Não me falas: incomodas.
Falas: sou menos feliz.

Nem tudo é dias de sol

Na véspera de não partir nunca, ao menos não há que se arrumar malas
Fernando Pessoa

"A vida prejudica a expressão da vida. Se eu vivesse um grande amor nunca o poderia contar."

Escrevo embalando-me, como uma mãe louca a um filho morto.

⁠Os paquetes que entram de manhã na barra
Trazem aos meus olhos consigo
O mistério alegre e triste de quem chega e parte.

O mar é a religião da natureza.

⁠Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.
Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,
Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,
Vejo os cães que também existem,
E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,
E tudo isto é estrangeiro, como tudo.

Fernando Pessoa
Poesias de Álvaro de Campos. Lisboa: Ática, 1944.

Nota: Trecho do poema Tacabaria, escrita com o pseudônimo de Álvaro de Campos.

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