Frases de Camilo Castelo Branco

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O amor que enlouquece e permite que se abram intercadências de luz no espírito, para que a saudade rebrilhe na escuridão da demência, é incomparavelmente mais funesto que o amor fulminante.

Entre namorar e amar, está o reflectir.

Quando a eloquência, inspirada do íntimo da alma, regurgita em jorros dos lábios de uma amante, é certo o triunfo.

O basilisco do ciúme é, às vezes, o galvanismo dos corações regelados e mortos pelo tédio.

A maldade é congénere do homem.

As quedas de algumas mulheres justificam-nas alguns maridos.

A mulher devia ser velha quando não sente o coração... quando já não ama.

A civilização é a razão da igualdade.

O amor dá-se mal nas casas ameaçadas de pobreza. É como os ratos que pressentem as ruínas dos pardieiros em que moram, e retiram-se.

Camilo Castelo Branco
BRANCO, C., Anos de Prosa, 1863

O extremo de um grande prazer é um desgosto.

Camilo Castelo Branco
BRANCO, C., Cenas da Foz, 1857

Ninguém é pobre quando ama.

O homem é um composto de grandeza e pequenez, uma dualidade de gigante e de pigmeu.

Há horas na vida em que a mais leve contrariedade toma as proporções de uma catástrofe.

É na solidão que as almas doentes convalescem e se fortificam.

A torpeza, a ignomínia, a podridão das entranhas vivas, o nascer ou morrer infamado ou infame é só do homem.

Há um ideal comum a todos, ideal que dispensa consumo de ideias: coisa em si materialíssima, que se chama ideal em virtude de tácita convenção, feita há cinco mil anos, de nos enganarmos uns aos outros, e cada qual a si.

Camilo Castelo Branco
BRANCO, C., Aventuras de Basílio Fernandes Enxertado, 1863

A verdadeira lei do progresso moral é a caridade.

As injustiças, se alanceiam as vítimas, também ferem quem as faz.

As mulheres amadas, conhece-as pela cor quem quiser estudá-las entre os dezoito e os trinta anos.

A castidade, além de ser em si e virtualmente uma coisa boa, tem ignorâncias anatómicas e inconscientes condescendências com as impurezas alheias.