Frases de Autoria das Mulheres

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Escrevo por não ter nada a fazer no mundo: sobrei e não há lugar para mim na terra dos homens. Escrevo porque sou um desesperado e estou cansado, não suporto mais a rotina de me ser e se não fosse sempre a novidade que é escrever, eu me morreria simbolicamente todos os dias.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Até onde posso, vou deixando o melhor de mim.
Se alguém não viu, foi porque não me sentiu com o coração.

Clarice Lispector

Nota: Autoria não confirmada.

Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro...

Clarice Lispector

Nota: Trecho de entrevista com Júlio Lerner para a TV Cultura, em 1977.

E quero a desarticulação, só assim sou eu no mundo. Só assim me sinto bem.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Pensar é um ato. Sentir é um fato.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Sou uma pessoa insegura, indecisa, sem rumo na vida, sem leme para me guiar: na verdade não sei o que fazer comigo.

Clarice Lispector
Gotlib, Nádia B. Clarice: uma vida que se conta. São Paulo: Ática, 1995.

Nota: Trecho de carta de 11 de dezembro de 1970, para Olga Borelli.

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Já que ela não era uma pessoa triste, procurou continuar como se nada tivesse perdido. (Ela não sentiu desespero etc. etc.) Também que é que ela podia fazer? Pois ela era crônica. (...) Tristeza era luxo.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Quando o amor é grande demais torna-se inútil: já não é mais aplicável, e nem a pessoa amada tem a capacidade de receber tanto. Fico perplexa como uma criança ao notar que mesmo no amor tem-se que ter bom senso e medida. Ah, a vida dos sentimentos é extremamente burguesa.

Clarice Lispector
Crônicas para jovens: de amor e amizade. Rio de Janeiro: Rocco, 2010.

No fundo ela não passara de uma caixinha de música meio desafinada.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Amar não acaba. É como se o mundo estivesse à minha espera. E eu vou ao encontro do que me espera.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica As três experiências.

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A feiura é o meu estandarte de guerra. Eu amo o feio com um amor de igual para igual.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Antes o sofrimento legítimo que o prazer forçado.

Clarice Lispector
Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

E, antes de aprender a ser livre, eu aguentava – só para não ser livre.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Medo da libertação.

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Um dia uma folha me bateu nos cílios. Achei Deus de uma grande delicadeza.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica O milagre das folhas.

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Gosto de fazer as pessoas felizes, mesmo quando eu estou triste.

Fico com medo. Mas o coração bate. O amor inexplicável faz o coração bater mais depressa. A garantia única é que eu nasci. Tu és uma forma de ser eu, e eu uma forma de te ser: eis os limites de minha possibilidade.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Escrevo como se estivesse dormindo e sonhando: as frases desconexas como no sonho. É difícil, estando acordado, sonhar livremente nos meus remotos mistérios.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1978.

Eu sou nostálgica demais, pareço ter perdido alguma coisa não se sabe onde e quando.

Clarice Lispector
Um Sopro de Vida

Abandone-se, tente tudo suavemente, não se esforce por conseguir - esqueça completamente o que aconteceu e tudo voltará com naturalidade

Clarice Lispector
Laços de Família. Rio de Janeiro: Rocco. 1998

Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil.

Clarice Lispector
Felicidade Clandestina. Rio de Janeiro: Rocco. 1998.