Frases de Auto Avaliacao

⁠⁠Quase sempre os olhos são o melhor espelho da alma, sobretudo após a ressaca de uma noite de vaporizações e euforias etílicas.

⁠Se a mente de cada um não for bem diferente - que se dane ela - porque mente.

⁠Enquanto houver cavadores de terras e mares, abrir-se-ão novos horizontes no espaço sideral prometido como redenção.

⁠O amor-ódio foi sempre o sentimento dos indecisos e dos covardes em assumir um ou outro.

Vale mais ser honrado toda a vida,
do que possuir muitas honrarias.⁠

⁠Quanto mais transpiro, mais entendo a razão do suor dos malandros.

⁠Se os invejosos me pagassem alvíssaras, eu estaria podre de rico.

Se houvesse amizade no mundo, jamais os céus seriam feridos, os mares tolhidos e o pão da terra bombardeado.
Os peixes, bailariam com os gatos e os ratos, em danças de alegre simbiose e as montanhas deixariam de parir ilusões.⁠

⁠Não vivo nem me alimento das palavras que escrevo, mas sim da lisura dos meus atos.

⁠Adoro mais ouvir o silêncio das músicas, do que as músicas ouvidas em silêncio.

⁠Felizes aqueles que num espaço de cinco minutos, se tanto, não passam de bestiais a bestas.

⁠Quando vemos, ouvimos e lemos, mas ignoramos os males da sociedade, sem escrever sequer uma letra ou articular uma só palavra, ficamos a pertencer irremediavelmente ao clube dos mais covardes da história do mundo.

⁠Nem sempre eu amo a quem quero, mas quero sempre a quem amo.

⁠Para poucos fiéis, missa curta; a minha.

⁠SEPULTURA

Não há sepultura
para o corpo inerte.

Somente uma prisão
terráquea
onde se expia a vida
que já foi movimento,
num silêncio
e numa calma
comoventes.

(Carlos De Castro, in Poesia Num País Sem Censura, em 01-09-2022)

⁠BARCO AO PERTO

Quem me dá um barco?
Sim, um barco à vela.

Onde eu possa navegar
Ao perto do longe,
Que muito longe
Eu tenho medo
De navegar.
Eu só navego sem medo,
Nas ondas brandas,
Calmas,
Do teu olhar.

(Carlos De Castro, in Poesia Num País Sem Censura, em 01-09-2022)

⁠Um homem só deixará de ser livre, quando lhe roubarem as chaves da sua gaiola.

⁠Não sei como nem porque, troco muitas vezes o nome, a graça, a pessoas como eu.

Mas quando se trata de bois, nunca lhes troco o nome, pelo contrário: anuncio-os aos quatro ventos, sem medos, comichões ou outros pruridos.

⁠Que perigosas são as mentiras ou as verdades mal confessadas,
quando houver quem queira metê-las no mesmo saco, asfixiando a pureza da verdade.

⁠NÃO SEI

Não sei
O porquê
Da tua altivez.
Da tua barriga
De rei.
Só sei,
Que uma rosa
Com espinhos
É mais apetecível que tu.
Ela,
Tem flor
E espinhos.
Tu,
Só tens espinhos.

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 04-10-2022)