Frases da Seca do Nordeste

O viver é assim: mares, marolas, ondas, tsunamis... Surfar é o segredo.

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

O amor não precisa ser entendido, precisa ser sentindo...

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Quem não sabe ler um olhar, tampouco saberá o alfabeto do amor interpretar...

luciano Spagnol
Cerrado goiano

Família é assim, muda só o endereço
Se complicada, simples é a tradição
No sangue é o amor, o amor é união
Mas o que mesmo conta é o apreço

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Família em família tem direito e avesso
A emergência numa quase legislação
É nome, é sobrenome e de vital preço

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Família em família tem direito e avesso

Tendo a cova por último ornamento
Na incógnita lápide minha pequenez
Lembrança na lembrança, um talvez
Sob a terra o mais vil esquecimento

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Cadência

No pêndulo
Do relógio
Fique e vai
Vai e fique
A hora o tempo atrai
Pra brincar de pique...

Luciano Spagnol

Desmatamento

O corte em tu, corta em mim
Sangra as lágrimas em gota
Rasga a dor na cor carmim
Tirando a vida de sua rota
O homem ingrato e sem fim
Arranhando o belo como idiota
Devastando a mata, secando o jardim.

Em suas vestes da cor do João de barro
Empoeiradas, ressecadas, ofuscando o arrebol
O cerrado, este peão árido, plano e piçarro

Nos faz falta frações de momentos vividos, olhares no tempo perdidos, de nossas vidas. Vividas em amizades que nos dão saudades... Tão rápidos nesta curta eternidade... Tudo é pó, e poeira a vaidade.

Paixão é a explosão da chama, que dura uma fração, tão intenso, que nenhuma tempestade apaga, só os conselhos do vinho...

Vapt...
a vida passou
ou foram os sonhos?

Estar feliz por ser feliz é tão genuíno como a felicidade com motivo

Horário de verão

Roubada hora
E o tempo não para
Adentra o dia, à noite a fora
Nesta roda vida, que mascara
A madrugada mais cedo
O entardecer que não chora
Embora,
O Relógio já não marque as horas!

Coração,
Tu não sabes nada!
Sofre por impulso...

Amor nestes rabiscos desenho só sentimento
Em cada linha a saudade nodoando o coração
Com seu cheiro, seu gosto, seu afogueamento
Nestes versos de reconciliação

Quando chove no cerrado
Metamorfoseia pra todo lado
Molha o chão, chão molhado

Os retratos respiram
A cada suspiro dado
Do abstrato saíram

Na estória a doce loucura teórica
Confabulada em silenciosa retórica
De paixão, desilusão, recordação
Pois a vida passa... A alma não...