Frases da Seca do Nordeste
No sertão!
Cedo a gente se levanta
seja o dia bom ou ruim
cada passarinho que canta
nasce uma flor nesse jardim
entre o almoço e a janta
a comida não é tanta
mas a honestidade sim!
Ao Mestre.
Falar da literatura
Tem que ter sabedoria
O cordel é uma cultura
Que é feita com maestria
Você tem a desenvoltura
Que parece partitura
dos versos da poesia.
Cordel!
Vem da alma a inspiração
que reflete um dom Divino
isso é coisa de nordestino
das raízes do sertão
são palavras do coração
que ganham vida no papel
são versos doces de mel
que traduz nossa cultura
e representa a literatura
dos folhetos de cordel.
Salve a nação nordestina.
Salve, salve o nordestino
povo de grande valor
das obras de Vitalino
de Luiz o cantador
de Ariano e Virgulino
das patadas do destino
e das bênçãos do Senhor.
Ser nordestino é um estado de espírito, cuja sintonia está ligada diretamente com o cuscuz e a rapadura.
BRENHA!
É fogo queimando a lenha
é sol que não se aguenta
vaqueiro torando a brenha
chão quente feito pimenta
aqui o cabra se empenha
sofre a seca mais ferrenha
trabalha e não se lamenta.
Talo nordestino.
O preconceito eu abomino
o respeito é quem vigora
todo ser tem seu destino
quando fica ou vai embora
de Ariano a Virgulino
quando o talo é nordestino
enverga, mas não se tora.
Café com cuscuz.
Que dia maravilhoso
agradecemos pela vida
sou nordestino orgulhoso
e fã da nossa comida
café com leite pastoso
e aquele cuscuz gostoso
que é feito sob medida.
Desigualdade!
Esse país é conflitante
de diferença estampada
uns tem vida sufocante
outros vivem de mesada
o preconceito é alarmante
quem se escora tem bastante
quem trabalha não tem nada.
Era assim o meu recinto
pés descalços pelo chão
já me acordava faminto
pra tomar café com pão
hoje tudo está extinto
que saudade que eu sinto
dos meus tempos de sertão.
NORDESTINOS!
Essa é a nossa cultura
é o nosso modo de viver
se não tem agricultura
a gente arranja o que fazer
pode ter fome e tortura
mas não pega uma rapadura
se ela não lhe pertencer.
Ser!
Ser nordestino é viver
ter um sorriso no rosto
é ter orgulho, ter gosto
plantar, cuidar e colher
ser nordestino é sofrer
na seca braba e ardente
é subir cada batente
sem esperar pela sorte
ser nordestino é ser forte
cabeça erguida pra frente.
Terra abandonada!
Em cada rosto um pranto
daquele que perde o trono
a saudade em cada canto
de uma terra sem patrono
onde brota o desencanto
nem a seca fere tanto
quanto a dor do abandono.
FÉ.
A terra aqui anda quente
a chuva a tempos não cai
vaqueiro perde a patente
a vida emperra e num vai
o sertanejo é quem sente
e apenas cresce a semente
da fé que existe no Pai.
VERDE VIDA!
Isso eu chamo de riqueza
tenho vida de verdade
a mata verde tem beleza
que me traz felicidade
digo com toda certeza
que prefiro a natureza
que o agito da cidade.
Cria da terra!
Sou filho de agricultor
eu sou vaqueiro e peão
sou cria do interior
conhecedor desse chão
eu peço a Nosso Senhor
que só me faça um favor
deixe eu morrer no sertão.
NO SERTÃO!
No sertão a vida é dura
mas é cheia de beleza
é fértil na agricultura
e de tudo tem na mesa
aqui é o berço da cultura
e no pote a água pura
tem sabor de natureza.
NAQUELE TEMPO.
Lá no sertão nordestino
brincava de se esconder
na igreja tocava o sino
na escola ia aprender
hoje sigo o meu destino
mas o tempo de menino
eu jamais vou esquecer.
SIGA!
Nasci pra ser persistente
sigo com minha conduta
pego cedo no batente
não importa quem refuta
ergo os olhos vou a frente
e nada espero de presente
quando quero vou a luta.
...malandro não vale as calças que veste. De fato, como diriam meus conterrâneos nordestinos, “cachola oca é terreiro do coisa ruim”.
Contos de uma Terra Prometida,
p. 32
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