( _ Quem escreve desde cedo escreve a... MARCELO CAETANO MONTEIRO
( _ Quem escreve desde cedo escreve a vida. ) Respondeu o jovem Marcelo Caetano Monteiro ao ser entrevistado pela Rádio de Manhumirim - MG. Programa em época, comandado pelo então conhecido radialista: Amarildo Paradise que na ocasião recebeu do jovem escritor Marcelo, um exemplar do livro: A Valsa Do Pensamento - Obra Filosófica Vol. II. Obra que veio à luz em 09 de Outubro de 1997. Livro impresso na extinta Gráfica Monteiro. Exatamente das mãos do próprio escritor.
QUEM ESCREVE DESDE CEDO ESCREVE A VIDA:
frase: Marcelo Caetano Monteiro.
MARCELO CAETANO MONTEIRO.
Retrato de um Espírito que Escreve o Tempo
Desde os primeiros anos de sua formação intelectual, Marcelo Caetano Monteiro revelou-se um homem vocacionado à contemplação profunda da condição humana. Não se tratou jamais de um impulso circunstancial, mas de uma inclinação antiga, quase ancestral, que o conduziu naturalmente ao silêncio reflexivo, à palavra escrita e à busca incessante por sentido. Sua trajetória inscreve-se no raro campo daqueles que compreendem a literatura não como ornamento, mas como instrumento moral, filosófico e espiritual.
Autodidata por vocação e erudito por disciplina interior, construiu sua formação à margem dos modismos intelectuais, nutrindo-se dos clássicos, da tradição humanista e das grandes correntes do pensamento metafísico. A leitura não lhe serviu como fuga, mas como aprofundamento da realidade. Em sua obra, o homem surge sempre confrontado com sua própria consciência, com a dor silenciosa do existir e com a necessidade de compreender o sagrado que se oculta no cotidiano.
Sua produção literária abrange romances, contos, poemas e reflexões de caráter filosófico, nos quais se percebe uma constante tensão entre o sofrimento humano e a possibilidade de transcendência. A escrita de Marcelo Caetano Monteiro não se submete ao imediatismo; ela exige recolhimento, maturidade e disposição para o mergulho interior. Seus textos frequentemente transitam entre a melancolia lúcida e a esperança austera, jamais concessiva ao sentimentalismo fácil.
Ao longo de sua trajetória, participou ativamente da vida cultural de sua região, integrando e fundando movimentos literários, colaborando com instituições culturais e promovendo a valorização da palavra escrita como forma de elevação moral. Sua atuação estendeu-se também ao campo social, onde a literatura foi compreendida como instrumento de consciência e dignidade humana.
Sua obra, presente em bibliotecas, círculos literários e acervos culturais, reflete uma concepção clássica da escrita: a de que o autor não fala apenas de si, mas empresta voz àquilo que a maioria silencia. Em seus livros, a existência é tratada com gravidade, respeito e profundidade, como se cada frase fosse uma tentativa de reconciliar o homem com o seu destino interior.
Marcelo Caetano Monteiro inscreve-se, assim, na linhagem dos escritores que compreendem a literatura como missão. Não busca o brilho efêmero, mas a permanência ética da palavra. Sua obra permanece como testemunho de que escrever, quando feito com verdade, é um ato de responsabilidade espiritual diante do tempo e da consciência humana.
