O que a boca não ousa dizer, a vontade... Raimundo Santana

O que a boca não ousa dizer,
a vontade grita em silêncio,
um fogo que não pede licença,
um desejo atrevido, irreverente,
que rasga o espaço entre nós.


Não há amarras, não há frescura,
só a fúria doce da entrega,
um vendaval de pele e alma,
que nos arrasta para a felicidade
sem pedir permissão ao mundo.


É ousadia que se faz poesia,
é verdade que se veste de romance,
é o instante em que tudo se cala
para que nós sejamos apenas nós.