O vento sussurra, o povo murmura — mas... Raimundo Santana
O vento sussurra,
o povo murmura —
mas é teu nome que ecoa em mim.
Não preciso de nada,
pois quando te encontro,
o mundo inteiro se recolhe em silêncio.
Há uma riqueza secreta
em quem ama sem medida:
quando nada se possui,
o coração se abre em vastidão,
e cada olhar se torna templo,
cada toque, eternidade.
A simplicidade nos envolve,
como se o universo fosse apenas nós dois,
sentados à mesa da vida,
onde qualquer gesto é banquete,
qualquer palavra é fartura,
e o amor — esse sopro invisível
se revela como a maior abundância.
