Seja Águia, saia do rebanho. O povo... ATILANEGRI
Seja Águia, saia do rebanho.
O povo tornou-se como gado: segue o rebanho sem perguntar para onde vai.
Perdeu a direção, perdeu o espelho interior, e agora apenas repete os passos de quem caminha à frente, como se a vida fosse uma trilha já traçada e não um caminho a ser criado.
Mas há um chamado silencioso para poucos: ser águia.
A águia não se confunde com a multidão. Ela não teme a solitude, porque sabe que a visão mais ampla só nasce em grandes alturas. Enquanto o rebanho pisa o chão batido, a águia observa o horizonte inteiro, distingue possibilidades, reconhece perigos e escolhe o seu próprio voo.
Ser águia é recusar a prisão das opiniões alheias.
É pensar com profundidade, decidir com clareza e enxergar além da névoa do imediato.
É compreender que singularidade exige coragem — e que liberdade verdadeira nunca foi destino dos que apenas imitam.
O rebanho sobrevive.
A águia transcende.
— Átila Negri
