Às vezes, não é falta de amor, é... Jorgeane Borges
Às vezes, não é falta de amor, é falta de fôlego.
De vontade de responder, de sorrir, de fingir que está tudo bem.
É cansaço de corresponder, de se explicar, de esconder o óbvio — que por dentro, o silêncio grita.
As notificações se acumulam, mas o desejo é de desaparecer.
Não por indiferença, mas por não saber mais como existir para tantos, quando mal consigo existir pra mim.
Não sou de muitos contatos, embora haja muitos que me amem.
Só não sei, agora, como retribuir.
E talvez isso precise ser entendido como amor também.
