Há dias em que tudo flui — leve,... Raimundo Santana
Há dias em que tudo flui — leve, suave, tranquilo.
Em outros, as engrenagens travam, e até a descida se transforma em um caminho de trancos e empurrões.
Nada acontece por acaso. O tempo não voa — apenas caminha, como o fim que ninguém deseja encontrar.
A vida é um paradoxo: no instante exato em que as luzes se apagam para uns, a realidade se converte em sonho — entre vida e morte, risos e lágrimas.
Alguns nascem e partem sem glória, sem história, esquecidos, evaporados.
Quem, afinal, está no controle?
O trem chega na estação — vazio — e segue rumo ao destino final: na estação fim de curso.
Tudo silencioso, para que ninguém questione na próxima viagem.
