Sabe quando sua menininha cresceu?... Karina Megiato

Sabe quando sua menininha cresceu?


Quando, ao olhar essa foto, não reverberou no seu íntimo nenhum espaço interno de julgamento:


“Pra que tanta exposição?” ou “Que incrível, um feminino livre se expressando.”


Quando conectadas à nossa energia de base, vibramos além do julgamento, do medo, da raiva, da sexualização do corpo para joguinhos e manipulações.


Em energias mais sutis, é possível reconhecer o receptáculo que tu és da energia da fonte criadora e experimentar o corpo como fonte de prazer sagrado.


Essa energia da mulher sempre foi difícil de sustentar.
Ela atrai olhares, julgamentos e, o pior, o julgamento de outras mulheres,
que condenam e estão em uma energia masculina tão densa,
que não se recordam nem de que possuem um corpo capaz de sentir e se expressar.


Uma mulher desconectada do seu feminino, nesse papel de julgamento,
na verdade, não está julgando a outra, e sim o lugar onde gostaria de estar:
livre dentro de si, mas não consegue, porque ainda não foi possível acolher sua criança ferida.


O importante não é a dor que carregamos, mas o que estamos aprendendo
e como estamos utilizando essa dor para o nosso crescimento pessoal.


Eu, por muito tempo, não senti prazer por meio do meu corpo.
Vivia dentro da minha mente ansiosa.
Precisei me desconstruir, me reconhecer de volta, voltar às origens.
Foi um processo longo, nem sempre em flores,
mas a caminhada valeu a pena para conquistar a minha liberdade de mim mesma,
do meu próprio autojulgamento.


Ao curar a menina, a mulher cresce.


Vamos curar nossas meninas?


15/08/2021 20h21