Silêncio do Tempo Às vezes, o tempo... Deivid Oliveira

Silêncio do Tempo




Às vezes, o tempo passa como um inimigo invisível — leva embora os dias, os sonhos, e me deixa aqui, olhando o reflexo de alguém que não reconheço.
Há um vazio que não dói com gritos, mas com silêncio.
Um vazio que não pede ajuda, só quer entender onde tudo se perdeu.




Mas mesmo nesse vazio, algo resiste.
Um fragmento pequeno, quase apagado, sussurra:
“Ainda há algo em você que quer viver.”




E talvez seja isso o que resta de mim — a vontade de voltar a sentir o mundo,
de reconstruir o que deixei ruir,
de calar o medo e ouvir, enfim, o meu próprio renascimento.