Insolentes Manhãs No caminho que... DricaHinodesh

Insolentes Manhãs


No caminho que seguistes
Também seguem os gaviões
Percorrem por andarilhos
Nos rapés e aviões.


Nas pedreiras entre as montanhas, obstáculos e canhões, peito aberto no deserto, clama as almas nos porões.


Nas nuvens sentes cheiro
Carregados de explosões
Entre minas nos canteiros
Desordeiros.


Das temidas chamas
Derretendo os sonhos
Soam no alarde infame
O som dos imbecis...


Frágeis, loucos
Vazio de sentimentos nobres
Corações pobres
Nas insolentes manhãs


Canções que não se ouvem mais, só prevalece o barulho dos canibais.


Tentam apagar as luzes da Pátria.
Arrancam adornos e castiçais.


No ventre da esperança, implode cortinas nos palcos
Impedem a expressão real
Violam as leis e acobertam os reis.


No caminho que seguistes
tenha muita atenção, tem canteiros traiçoeiros, labirintos de dinamites em forma de corações.


No caminho que seguistes, preste muita atenção,
nos sinais que não se calam, exalam.


( DricaHinodesh)
Rio de Janeiro, 26/9/2025