De porta em porta, com pires na mão,... Valnia Véras
De porta em porta,
com pires na mão,
soma-se miséria,
sobra opinião.
Cabeça baixa,
voz sumida,
a sombra da existência
rascunha a vida.
Diante do retrovisor do carro,
olhares se distanciam
solitários
de mãos vazias.
No oco,
a fome
e o medo
estendem
as mãos.
Degredo.