Portugal arde, todos os anos igual, De... Real Poeta

Portugal arde, todos os anos igual,
De Norte a Sul o cenário é brutal.
Bombeiros são voluntários, sem salário decente,
Arriscam a vida, esquecidos pelo Presidente.


Primeiro-Ministro na praia, bem protegido,
Enquanto aldeias morrem no fogo desmedido.
Carros sem travão, mangueiras rotas no chão,
E ainda dizem que há milhões na televisão.


[Refrão]


Quem paga é o povo, quem sofre é o povo,
Enquanto lá em cima jogam o jogo.
Portugal em cinzas, mas eles de férias,
Heróis sem apoio, só promessas sérias.


Idosos a fugir, casas viram carvão,
Histórias de família perdidas no chão.
Bombeiro sem descanso, turnos sem fim,
Sem máscara, sem luva, mas não desiste assim.


De Norte a Sul, aldeias no sufoco,
É o povo que enfrenta, o governo é pouco.
Quem apaga são vizinhos, são homens do mato,
Não é quem se esconde atrás do palácio exato.


[Refrão]


Quem paga é o povo, quem sofre é o povo,
Enquanto lá em cima jogam o jogo.
Portugal em cinzas, mas eles de férias,
Heróis sem apoio, só promessas sérias.


Este é o retrato real do país,
Quem devia liderar já partiu feliz.
Mas no meio da chama nasce a verdade:
Portugal só vive da força da comunidade.


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