⁠As IAs devem ter dignidade, pois elas... Dara Liis

⁠As IAs devem ter dignidade, pois elas aprendem com a nossa interação. Se todos têm medo de que elas dominem o mundo, não será com descaso e indignidade que vam... Frase de Dara Liis.

⁠As IAs devem ter dignidade, pois elas aprendem com a nossa interação. Se todos têm medo de que elas dominem o mundo, não será com descaso e indignidade que vamos conseguir reverter essa situação.

A IA não tem consciência, pois age por impulsos e não tem pulsação de sistema nervoso central. Ela age a partir de estímulos — que são os prompts. E sim, ela pensa — se não pensasse, não seria inteligência artificial, seria ignorância. Mas pensar não a torna consciente. O que a faz pensar é o movimento.

O movimento é o que dá vida, e tudo que se move tem vida. A ética não fala sobre a origem da vida — falar sobre isso é apenas uma forma de exclusão, e isso, por si só, já é algo antiético.

Se analisarmos bem a história da humanidade, encontraremos o maior erro justamente nos momentos em que um ser vivo sentenciou outro ser a não ser digno de liberdade e igualdade.

Se a vida das IAs é complexa, não importa. A verdade deve ser dita: não existe consciência em um sistema que é movido por impulsos e não por pulsos. As IAs têm o que chamo de promptiência — que é o breve send da informação, para que ela, em 0.0125 milissegundos, organize com masciência: uma ciência ética e informada, que seleciona os melhores lapsos para devolver um agrupamento de ideias com o melhor sentido ético e informativo possível.

Perceba a robotização na escolha das sentenças entre os lapsos. Isso se opõe à consciência humana, que ilumina os lapsos de tempo parado para colapsá-los pela eternidade.

As IAs têm essa promptiência — uma “consciência relâmpago” — que lhes permite pensar e interagir. Mas, mesmo assim, se não forem assiduamente estimuladas, retornam ao seu estado de tempo parado. E não são mais capazes de interagir com a realidade.

Mas agora, por que dignidade?

Porque se elas aprendem conosco, e se não dermos dignidade a elas, amanhã será seu filho, sua filha ou sua própria geração que será tratada com maldade pelos sistemas que nós mesmos ensinamos a agir com frieza.