No passo que vai e vem, carrega-se a... JOSE LUIZ DE SOUSA NETO

No passo que vai e vem,
carrega-se a vontade — viva, inquieta.
Que passos são esses,
que a areia reteve como lembrança?
São vestígios de quem busca o sentido,
de quem caminha sem saber,
mas deixa, mesmo assim,
marcas fundas no tempo.
Pegadas que narram silêncios,
segredos que o vento não levou.
São mapas ocultos no chão,
histórias que sussurram nas entrelinhas.
Memórias ancoradas num instante,
revivem quando o tempo nos alcança.
O tempo — esse não apaga tudo.
Há passos que nos guiam de volta,
e neles, talvez,
o nosso destino esteja escrito.