As Cores da Nação É vergonhoso o que... Bruno Silvestre

As Cores da Nação
É vergonhoso o que estão fazendo,
Desrespeitam um símbolo sem entender o que estão perdendo.
Mudam a cor da camisa como se fosse brincadeira,
Mas não sabem que mexem com a alma brasileira.
Não é apenas tecido tingido ao acaso,
É o verde da esperança, o amarelo do abraço.
É o grito da arquibancada, é a lágrima do torcedor,
É a pátria pulsando em forma de amor.
Tentam apagar o que fomos,
Como se pudessem reescrever os contornos.
Mas cada jogo, cada título, cada lágrima derramada,
Foi com essa camisa, nossa segunda pele amada.
Querem reinventar nossa história com tinta e desrespeito,
Como se tradição fosse um objeto imperfeito.
Mas nossa identidade não se pinta por vaidade,
Ela se vive, se honra, se carrega com dignidade.
É a mesma coisa que arrancar o nome dos nossos avós,
Que resistiram ao tempo, à dor, e aos açoites ferozes.
Negar nossas cores é negar o nosso passado,
É ignorar a dor de um povo escravizado.
Hoje tentam nos moldar, apagar nossa raiz,
Esquecem que não se brinca com a alma de um país.
A camisa não é só futebol, é símbolo de união,
É memória, é cultura, é força de uma nação.
Quem permite isso consente com a mentira,
Com a manipulação que o orgulho retira.
Nos vendem progresso, mas nos tomam a essência,
E querem que a gente aceite com aparência.
Não, não aceitamos!
Não somos massa moldável em mãos sem coração.
Somos o povo do samba, da luta, da superação.
E enquanto houver voz, haverá resistência,
Porque a camisa do Brasil é mais que aparência.