Não prentendo a fama, nem escrevo para... Bruno Cena Macedo

Não prentendo a fama, nem escrevo para ganhar dinheiro. Ultimamente tenho dispensado os rótulos que a vida literária tenta impor, também tenho tido a necessidade de explicar tudo. Eu sou mais leitor que escritor. Quando falam que sou escritor eu me sinto pesado por uma responsabilidade que não quero ter. Quando me chamam de poeta até que ameniza a situação, pois sou isso mesmo, "um poeta sem pretensão, simples, desequilibrado, dono de uma escrita confusa, mas esperançosa". Alguns tem medo de ler-me, não sei por qual motivo, outros envitam que eu assuma o lugar de escritor, mas não posso reivindica-lo, não me sinto no direito. Sou das ondas e das vertentes. Escrevo sem precisar de aprovação, assumo o que escrevo e me exponho ao ridículo, pois como dizia o grande escritor piauiense O. G. Rego de Carvalho "o autor não pode ter piedade de si mesmo, tem que se expor a nu, nem que seja para o ridículo, mas tem que se expor".

Me exponho sem esperanças de fama, de reconhecimentos, se os vinher, recebo, mas não os procuro. Sou um poeta do Piauí, só isso. Isso me basta...