⁠Cartas vivas. Nascemos, tão simples... Alysson Hayllon

⁠Cartas vivas
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Nascemos, tão simples como papel de pergaminho, amarelado e limpo, e conforme crescemos, eles vão escrevendo coisas em nós, verdades e mentiras, crenças e mitos, certezas e dúvidas. .
Até que um dia, finalmente tomamos posse da nossa caneta tinteiro, e desfrutamos da liberdade de escrever o que quisermos com nossas letras cheias de curvas e enfeitadas. Nos damos conta de que nem tudo que em nós foi escrito, diz respeito a quem realmente somos. .
Quantas rasuras há em você? Quantas palavras foram escritas por sobre as outras, quantos riscos foram feitos para cobrir os erros que não podem ser apagados? O quão difícil é, conviver com os pontos e vírgulas colocados no lugar errado por alguém que não foi você, com as frases transcritas da carta de outros?
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Nós somos cartas vivas, que andam, falam, riem e choram, que se expressam além de letras de tinta presas em papel. Cartas sem destinatário e que podem ser lidas por qualquer pessoa, mesmo que esta sofra com alguns problemas de interpretação. .
Escrevemos nossa mensagem neste mundo, sabendo que o mais importante é o que foi feito e não o que foi dito.
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Não é só armasse de discursos vazios, é torná-los palpáveis. Somos cartas vivas, nossos atos são frases e nossas conversas parágrafos, que se juntam como um grande texto. Espero do fundo do coração, que no fim da sua vida, você tenha escolhido as palavras certas, e não se arrependa da mensagem que escolheu passar.