Com distanciamento ou não, podemos... Marcial Salaverry
Com distanciamento ou não, podemos notar que
na marcha implacável do tempo, já estamos
novamente no Natal, ou quase...
Certamente o uso das máscaras não vai nos impedir de juntarmos nossas vozes
para, no dia 25/12, dizermos em alto e bom som:
FELIZ ANIVERSÁRIO, AMIGÃO...
AINDA QUE EM DISTANCIAMENTO, O NATAL ESTÁ AÍ, GENTE...
Marcial Salaverry
O Natal já está chegando, e nesta época do ano, vejo que a grande maioria das pessoas, deixa à solta o espírito de solidariedade, e ficam pensando nos outros, procurando ajudar, falando em solidariedade, desejando felicidades mil...
Mas, só agora? E no resto do ano? É preciso pensar em ajudar os necessitados no restante do ano também... É só no Natal?
Não é igualmente válido mandar presentes para creches, para as crianças pobres, uma atenção para os velhos abandonados nos asilos, e sem duvida, essa é uma atitude louvável, uma vez que possivelmente os velhinhos nos asilos, as crianças nos orfanatos, os doentes nos hospitais tenham mais necessidades no restante do ano do que agora.
E as reuniões de família? E os desejos de felicidade? É só no Natal? Os pais, por acaso, não sentem saudade dos filhos ausentes no restante do ano? E com esse "distanciamento social", mais ainda, e isso sem falar da saudade das avós com seus netos...
Vejam bem, não estou condenando o Espírito Natalino, muito pelo contrário, acho muito louvável e muito lindo que essa corrente de solidariedade exista no ar. Todos se preocupando com todos. Só quero dizer que essa mesma corrente deveria continuar pelo restante do ano. Aqueles que tem condições, deveriam manter o mesmo espírito solidário por mais 11 meses. Vamos nos dar as mãos durante o restante do ano também. E não falo só da ajuda material. A ajuda espiritual é, talvez, mais importante ainda. É muito bom saber que você tem alguém em quem possa confiar, nem que seja para um desabafo, mas durante todo tempo, e não só agora.
Sem falar da necessidade que muitos sentem de comprar presentes para todos. Penso de uma maneira muito peculiar nesse sentido. Dou muito mais valor a um abraço sincero, a um telefonema, a uma carta, a um e-mail, ou mesmo a um "zapzap" do que a um presente caro, ainda mais se levarmos em conta que é muito difícil acertar-se o gosto exato de alguém, e assim, quantos presentes comprados, às vezes com algum sacrifício, simplesmente ficam séculos num fundo de gaveta qualquer, por não ser do gosto de quem recebe. Todavia, um abraço sincero, um beijo sincero, um simples cartão bem bolado, marcam muito mais, pois é algo pessoal, é algo que quem recebe sabe e sente que recebe de coração, e não como decoração (não resisti ao trocadilho).
Entendo quem não estiver de acordo comigo, mas peço que não se chateie com o eu que disse, e não perca seu jeito de ser. Todos têm o direito de pensar e agir como melhor lhe aprouver, pois isso, aliás, se chama livre arbítrio. Só exprimi minha opinião, e não tenham dúvidas de que também pelos 364 dias outros do ano, estarei sempre de braços e coração abertos para bater este nosso papinho diário. Como não sei como vai ficar esta história do distanciamento, já deixo desde já meus desejos de um MUITO FELIZ NATAL, e que todos os outros dias do ano sejam igualmente felizes, bem como todo o ano que vai entrar, torcendo para que 2021 chegue bem melhor que este malfadado 2020...
E, principalmente, que o Papai Noel vá visitá-los com o saco bem cheio de paz, luz, amizade, amor, e muitos abraços e beijos mesmo que virtuais propiciando-lhes UM LINDO DIA, a cada dia que ainda falta para o Natal, e depois também...