E quando criança um velho homem com... anthony sanches

E quando criança um velho homem com paciência me ensinou, um ensinamento que diz.

" ninguém nasce, ninguém nasce pra ser infeliz"

As vezes tenho dúvidas ou se minha visão de tempo possa está errada.
Talvez a felicidade não seja como consistência de um concreto firme que irá durar.
Talvez seja como o aroma de um perfume que te invade os sentidos causando lhe várias sensações que com o passar do tempo que você se distrai o aroma acaba, a sensação simplesmente se esvai...

As vezes a felicidade está em lugares que você precisa estar para ter, que se você muda de lugar, ela não te acompanha e nem muito menos o segue, é como a luz do fim do túnel que se você vai até ela, tudo se ilumina, mas com atitudes erradas e escolhas fracassadas, você anda para trás, a luz se apaga, e você adormece e acorda, vagando na escuridão.

A felicidade é como se você fosse o único e o primeiro a encontrar a famosa " fonte da juventude", mas você está nu.
Não pode levá-la, nem dividir, muito menos guardar, pode se esbaldar, nadar, usufruir, mas nunca, jamais, longe dali.
O pensamento irracional de levar um pouco é certo, mas a água é como um passarinho que não foi descoberto, que não sabe o que é uma gaiola, que por entre seus dedos fechados vê a liberdade.

As vezes tenho a sensação que um dia eu me banhei na fonte da juventude, iluminado pela luz do caminho certo, ao som do pássaro livre a me visitar em um lugar com mil flores, parecia que esse cheiro não tinha fim.

As vezes tenho a sensação que minha pele se ressecou tanto nesse deserto, ao ponto de se despedaçar,
Não vejo nada faz anos, parece que estou sozinho, mudo, surdo, sem som.
O aroma que sinto é por carregar esse pássaro que antes agonizado, ganhei com nome de " liberdade", vagando sem rumo em meio a escuridão, ao som do violino fúnebre, com a não talvez, mas a certeza da tristeza, cheirando a morte.

tenho 24 anos, não sei o que é ser feliz e você.