E, pra todo mundo...eu continuo aqui! Eu... Carolline Milici

E, pra todo mundo...eu continuo aqui!

Eu me sinto sozinha estando rodeada de pessoas.

Pessoas as quais eu amei a vida toda. Tomar uma decisão que parece simples nem sempre é tão fácil como pensamos. E, algumas vezes as pessoas que você mais ama e confia te dão as costas. Se voltam contra você pelo simples fato de você escolher como quer levar a vida.

Eu me sinto presa…

Sinto como se estivesse acorrentada a vida toda, impossibilitada de fazer algo por conta própria. Uma marionete perfeita.
Ouvia, obedecia e fazia tudo que ditavam. Desde como eu tinha que lavar a louça, até qual futuro eu deveria escolher para mim. Sim, uma perfeita marionete. Criada, educada, feita para satisfazer os desejos alheios.

Hoje, eu não sei o que fazer. Nem sei ao menos o que pensar… Me sinto perdida.

Eu escolho continuar atrás da vida que quero ter um dia ou escolho trazer essas pessoas de volta? Porém, se eu escolher tê-las novamente, escolho me submeter às suas vontades. É fácil falar “escolhe o que você quer” não sentindo um rombo imenso no peito. Minha família me abandonou. Meus amigos eram só meus amigos quando eu fui o que eles queriam que eu fosse. Todo mundo só era comigo se eu retribuísse seus caprichos. Hoje eu enxergo o abuso! Era falso. Tudo sempre foi uma mentira.

Eu depositei toda minha confiança nessas pessoas. Todo meu amor. Todo meu eu.
E, de uma hora para outra tudo desmoronou, foi abaixo… derrubando finalmente as máscaras dessas pessoas. Tanto fingimento. Tanta mentira.

Como pude ser tão burra? Percebo que deixei de ser “egoísta” pra mim para deixar o outro ser egoísta comigo. Cadê minha autonomia? Cadê minha liberdade? Cadê a minha vida, hein? Eu me tornei a vilã de uma história que para começar nem é minha, já que foi escrita por outros e não por mim. Eles têm raiva. Me abandonaram porque sabem o quanto eu os amo, e sendo ingênua e com um coração assim não ia aguentar muito tempo. Pois bem. Eu tenho morrido por dentro a cada palavra dita ou a cada silêncio. Tenho morrido por dentro a cada dia que passa e vejo minha vida mais longe de parecer com meu sonho. Tenho morrido por dentro com a falta de empatia e compreensão comigo.

Mas, eu tô aqui! Firme, mesmo cambaleando.

Eles acham que eu vou ceder. Que eu vou cair. Que eu não vou aguentar mais… Eles acham que eu não tenho forças para suportar. Pois bem! Eis que lhes digo apenas uma coisa: JUST WATCH ME!

Só vejam eu conquistar o mundo enquanto dou adeus para vocês. Eu não sou mais a menina que corre para saia da mãe quando algo não sai como o planejado. Eu não sou mais a criança que chora e fica no chão. Eu não sou mais a filha que se culpa por não satisfazer os desejos dos pais. Eu entendi que mesmo quando eu dava tudo que eles queriam de mim, ainda sim não era o bastante. Ainda sim não era o suficiente E, nunca foi.

Então, me aguardem. Porque se vocês fazem chover, eu faço nevar.